O Fórum Estadual dos Servidores, que agrega mais de 20 sindicatos de servidores públicos, esteve reunido nesta terça-feira (22) com o secretário de Administração e Previdência do Estado do Paraná, Fernando Ghignone, e outros integrantes do governo. Na pauta, a pagamento da data base, a situação do ParanaPrevidência e o respeito à liberdade sindical.
Data base – O FES defendeu que não há impedimentos legais ou financeiros para que o governo faça a reposição integral dos 11,53% (percentual oficial) referentes às perdas salariais decorrentes do calote do governo Richa. No entanto, o governo acena com a reposição da inflação alusiva somente ao último ano. O que daria algo em torno de 2,5%.
As entidades sindicais reivindicaram que o pagamento de toda a dívida salarial do governo com os servidores públicos seja garantido em lei, ainda que seja parcelado. Os dirigentes também pediram que projetos de lei de reajuste salarial para os outros poderes (Legislativo e Judiciário), que obtiveram reposição no ano passado, só sejam votados depois de aprovada a data base para os servidores do Poder Executivo.
A estimativa é que a data base dos servidores seja enviada para a Assembleia Legislativa nas próximas duas semanas. Neste período, os sindicatos que integram o FES devem se manter mobilizados na ALEP.
ParanaPrevidência – A SEAP afirmou que o governo vai fazer um aporte de recursos para o Fundo Previdenciário. Sem mencionar números, o secretário afirmou que a proposta concreta será apresentada nas próximas reuniões dos Conselhos de Administração e Fiscal da ParanaPrevidência, previstas para 28 de maio. O novo cálculo atuarial e proposta de pagamento das dívidas do governo serão submetidos à aprovação dos dois Conselhos e encaminhados para a ALEP, na forma de projeto de lei. O FES reivindicou acesso aos números para estudo prévio.
Cartão Vida Paraná – Sobre o desconto não autorizado do cartão Vida Paraná nos salários dos servidores, Ghignone afirmou que todos os trabalhadores serão ressarcidos. Segundo o secretário, a SEAP notificou a MettaCard, administradora do cartão, para que sejam estornados todos os valores cobrados indevidamente. Se não o fizerem, “vamos suspendê-los”, afirmou.
Foto: Sindiseab