Governo deve 16,4% aos(às) professores(as) e funcionários(as) de escola

Governo deve 16,4% aos(às) professores(as) e funcionários(as) de escola

Educadores(as) do Paraná preparam grande mobilização para exigir reposição da inflação e combater outros ataques aos seus direitos

Sindicato tem provado que governo possui dinheiro em caixa para pagar a dívida - Foto: Divulgação

O salário dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola do Paraná acumula um saldo negativo de 16,4%, desde a última reposição da inflação concedida em 2016. Já o custo de vida da população não para de subir. Na luta constante para que os direitos dos(as) trabalhadores(as) sejam garantidos, a APP-Sindicato terá uma agenda intensa de mobilização da categoria neste mês de abril. Um dos objetivos é exigir do governo o pagamento dessa dívida.

De acordo com relatório divulgado pelo IBGE, a inflação oficial no Brasil acelerou em fevereiro. O feijão carioca, por exemplo, registrou aumento de 51,58%. Outros alimentos básicos da mesa do(a) trabalhador(a) também subiram. É o caso da batata-inglesa (+25,21%), das hortaliças (+12,13%) e do leite longa vida (+2,41%).

Para sacrificar ainda mais a vida dos(as) educadores(as), o governo do Paraná elevou, desde junho do ano passado, em mais 15% o custo da tarifa de energia. O aumento é mais de cinco vezes maior do que a inflação do período. Segundo o Dieese, “os expressivos aumentos tarifários dos últimos anos (na conta de luz), têm beneficiado principalmente os seus acionistas, em detrimento dos consumidores e dos trabalhadores”.

A justificativa adotada pelo governo para as ações que descumprem a lei e prejudicam os(as) trabalhadores(as) têm com base o terrorismo nas previsões orçamentárias. Essa estratégia tem sido constantemente derrubada pelo economista da APP-Sindicato, Cid Cordeiro. Todas as estimativas de aumento na arrecadação do Estado, apresentadas pelo especialista, se confirmaram.

Diante desse cenário de grandes desafios, a última assembleia estadual da categoria construiu um calendário de atividades para pressionar governador, deputados(as) e governo federal. O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, explica que a pauta possui mais de 20 itens, incluindo o pagamento da data-base (reposição da inflação), respeito a jornada de trabalho e a defesa da aposentadoria como reivindicações centrais.

:: Leia mais: Pauta completa da Campanha Salarial 2019

Hermes conta que a mobilização vai se intensificar entre os dias 22 e 29 de abril, com a Semana Nacional em Defesa da Escola Pública, organizada pela CNTE. Haverá distribuição de materiais em todo o estado para que as escolas façam o debate desses e outros temas que comprometem a qualidade da educação pública.

“No dia 29 de abril, faremos uma paralisação estadual, com foco na memória dos quatro anos da violência ocorrida em 2015, no Centro Cívico de Curitiba, e também iremos cobrar do governador reposta para os itens centrais da nossa pauta, sobretudo o reajuste salarial. Também levaremos para a rua nossa defesa das aposentadorias, contra a reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional”, disse Hermes.

:: Leia mais: Calendário de mobilização aprovado em assembleia estadual

A estratégia inclui ainda a internet e as redes sociais. O sindicato divulgou os contatos institucionais dos deputados(as) estaduais para que a categoria faça pressão por telefone ou e-mail exigindo posicionamento e ações em defesa dos direitos e da pauta dos(as) trabalhadores(as) na educação pública.

:: Leia também: Contatos para pressionar os(as) deputados(as)

:: Assista ao vídeo do presidente da APP-Sindicato convocando a categoria para a mobilização.

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