A APP-Sindicato deu início nesta segunda-feira (10) a uma série de entrevistas com os(as) candidatos(as) ao governo do Paraná. Geonísio Marinho (PRTB) foi o primeiro a responder as perguntas elaboradas pela direção estadual do Sindicato e por profissionais da educação.
O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, destacou a iniciativa da organização, que já virou tradição, de promover debates e entrevistas com os(as) postulantes ao governo do estado, dando a oportunidade aos(às) candidatos(as) de expor suas ideias e aos(às) educadores(as) de avaliar as propostas.
Durante a sabatina, o candidato respondeu oito perguntas, todas relacionadas com a pauta da categoria aprovada em assembleia estadual. O evento foi transmitido ao vivo através da página da APP-Sindicato no Facebook e, ao final da entrevista, o candidato assinou uma carta-compromisso com as pautas dos(as) educadores(as).
Perguntado se, caso seja eleito, quais aspectos do plano de carreira dos(as) educadores(as) pretende modificar ou modernizar, conforme promete em seu plano de governo, o candidato respondeu “já que não podemos dar esses aumentos, justos, necessários, que todo professor merece, eu propunha premiar o professor mediante o aumento da média escolar”.
Sobre a proposta de militarização das escolas, constante no plano de governo do candidato, Marinho foi questionado se tem ideia dos investimentos necessários e se, caso seja eleito, as escolas não militarizadas receberão os mesmos investimentos. O candidato disse que “é um processo lento e não devemos excluir as demais escolas”.
Questionado se haverá mudança em relação prática do atual governo que descumpre as leis do piso da categoria e da hora-atividade, o candidato afirmou que, sendo eleito, “vai respeitar as decisões coletivas”.
Em relação ao projeto que censura a atuação dos(as) professores(as) na sala aula, o candidato foi questionado como avalia o projeto Escola Sem Partido, que interfere diretamente na autonomia de ensinar e aprender. Geonísio Marinho disse que “com toda coragem, eu sou a favor da escola sem partido”.
Perguntado se, caso seja eleito governador, pretende incidir pela revogação da Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos na área social, o candidato disse que “infelizmente é uma emenda constitucional. Depende de uma mudança do governo federal e o governo do estado, enquanto massa crítica, com uma boa bancada de deputados estaduais e federais, fazer coro”.
Perguntado sobre sua política para atendimento e prevenção da saúde dos(as) trabalhadores(as) da educação, o candidato disse que, caso seja eleito, vai oferecer “aulas laborais, fazer trabalho preventivo” em todas as áreas do governo do estado.
Sobre o cumprimento da lei da data-base e pagamento da dívida de 11,68% do Estado com os servidores, o candidato disse “vamos trabalhar profundamente no corte de gastos, pensando em um segundo momento repor esses 11,68%”.
Questionado se, caso seja eleito, haverá para os(as) funcionários(as) de escola garantia de concurso público e carreira e possibilidade de política de formação nos moldes do PDE, o candidato afirmou que “esses concursos públicos, claro teremos que ter”, mas não respondeu sobre carreira e política de formação.
:: Confira no vídeo a íntegra das perguntas e respostas do candidato