Funcionários(as) de escola da educação básica de todo Brasil têm até 11 de janeiro de 2024 para preencher o formulário do Grupo de Trabalho do Ministério da Educação sobre o programa Profuncionário. As informações vão dimensionar o número de trabalhadores(as) que demandam formação em cursos técnicos de nível médio.
A partir dos resultados, o governo federal vai retomar em 2024 a oferta de cursos de formação para esses profissionais, em parceria com os sistemas de ensino e com a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há cerca de 2 milhões de funcionários(as) de escolas em todo o país, mas não há informação sobre grau de escolaridade, idade e locais de trabalho.
“Sem essas informações não conseguimos traçar diretrizes para uma implantação sólida da política de formação para esses profissionais”, explica a secretária de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade.
Guelda afirma que a proposta da Confederação é que o programa Profuncionário retome as atividades no primeiro semestre do próximo ano.
“É de fundamental importância para nós sabermos a demanda de formação dos estados e dos municípios desses trabalhadores e termos um panorama do país inteiro. Mas para isso, é preciso que essa pesquisa chegue, de fato, na mão de todos(as) os(as) funcionários(as) das escolas”, enfatiza Guelda.
Após a coleta de dados, será construído um relatório para orientar a retomada do programa, com uma contextualização histórica da existência do Profuncionário. A previsão é que o documento seja finalizado em março.
“Será um importante meio de mostrar para o ministro Camilo Santana todos os desafios e demandas que nós temos pendentes para a implantação desse curso”, afirma Guelda.
Retomada
Desde sua criação, em agosto deste ano, o Grupo de Trabalho do Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público (Profuncionário) tem mostrado comprometimento nos processos que visam a retomada da oferta de cursos para os trabalhadores de escola.
Segundo Guelda, uma das demandas de destaque do grupo, que diz respeito aos materiais do Profuncionário, está bastante avançada. Nessa tarefa, ela conta que a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (Setec) e o Instituto Federal de Brasília já se encontram em contato com instituições para a atualização dos módulos. Além disso, é discutida a necessidade da criação de novos materiais de estudo, que tragam temas como violência e diversidades nas escolas para a formação dos trabalhadores.