Os(as) professores(as) e funcionários(as) de escolas da rede pública do Paraná terão que trabalhar mais para ter direito a se aposentar e, ao final da trajetória profissional, irão receber menos. Esse é o resumo da reforma da Previdência do governador Ratinho Junior (PSD) aprovada, em regime de urgência, sob protesto dos(as) servidores(as) e em sessão fechada ao público no dia 4 de dezembro do ano passado.
Agora, em abril, o efeito da Reforma será sentida no bolso dos(as) educadores(as), que passam a contribuir com 14% ao invés dos 11% pagos para a Previdência. A nova alíquota valerá tanto para professores(as) e funcionários(as) da ativa (sob o total do salário), quanto para aposentados(as) (descontado sobre o que exceder dois salários mínimos).
Na prática, o maior impacto será no bolso – e na mesa – dos agentes educacionais I, a parcela dos educadores(as) que recebe os menores salários do funcionalismo. “A Reforma da Previdência nacional já aconteceu e, desde março deste ano, os trabalhadores [do regime] PSS, ParanaEducação e Clad, que contribuem com o regime geral, administrado pelo INSS já tiveram o reajuste. Para nós, no Paraná, a Reforma da Previdência aconteceu no final do ano passado, mesmo com toda nossa luta, greve e até ocupação da Assembleia Legislativa”, comenta a secretária de Funcionários da APP-Sindicato, Nádia Brixner.
O funcionário de escola, Ironei de Oliveira, enfatiza que o impacto diminuirá ainda mais o poder de compra do segmento. “Infelizmente, neste mês governo coloca em prática o desconto de 14% no salário dos funcionários. Para nós, que estamos há quase quatro anos sem reajuste da inflação, isso causa um rombo gigante nos nossos salários. Um agente educacional I que tem hoje como base um salário de quase R$ 1500 e pagava R$ 160 passará a pagar R$ 210. Um desconto de 45 reais representa uma conta no mercado ou na farmácia, isso mexe com a qualidade de vida dos nossos trabalhadores”, afirma o educador.
Veja aqui a tabela de vencimentos dos(as) agentes educacionais no Paraná.
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