Nos últimos anos, a APP-Sindicato esteve lado a lado na luta pela à formação e a valorização dos(as) funcionários(as) de escolas. Os direitos conquistados, em especial o Concurso Público e o Plano de Carreira, foram fundamentais. Como podemos perceber pela nossa trajetória, conquistamos muito, porém, precisamos avançar cada vez mais. E para tanto, é fundamental a união. Todas essas conquistas só se tornaram realidade com a luta e a união dos(as) trabalhadores(as) em Educação. Hoje, quando tratamos de educadores(as), falamos dos(as) funcionários(as) e dos(as) professores(as). E sendo os(as) funcionários(as) parte do processo educativo, sim, eles educam!
1986
Os funcionários iniciam processo de organização e fundam – após uma greve em conjunto com os professores – a Associação dos Servidores das Escolas Públicas do Paraná (Assep).
1989
Quando a Constituição Federal permitiu a criação de sindicatos, tanto a Assep, quanto a APP, tornam-se sindicatos. Inicialmente, é adotada a denominação Sindicato dos Servidores das Escolas Públicas do Paraná (Sindesepar).
1991
O nome da entidade passa a ser: Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (Sinte-PR).
1997
Então enquadrados no Quadro Geral do Estado, a categoria inicia a luta por um plano de carreira próprio. A incerteza sobre o futuro era grande. Na época, uma auxiliar de serviços gerais iniciava a carreira recebendo R$ 156,01 e, ao final, o máximo não passava de R$ 230,93. O teto salarial de um auxiliar administrativo não era muito diferente: apenas R$ 269,52.
1998
Após muitos debates e esforço, professores e funcionários decidem juntar as entidades que representavam seus respectivos segmentos. Uma assembléia histórica, realizada em Ivaiporã, selou a unificação entre Sinte-PR e APP-Sindicato. Nasce a APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná. A luta, então, passa a ser uma só. Neste mesmo ano, os funcionários também participam da ocupação da Secretaria de Estado da Fazenda e de uma greve de fome. As principais reivindicações eram: implantação do vale alimentação e o fim do Pladepe.
1999
A APP promove o I Encontro Estadual de Funcionários. O tema, ‘Sem funcionários a escola não funciona’, é uma tentativa de sensibilizar e construir o reconhecimento devido a estes trabalhadores.
2000
Ano em que o sindicato lança uma das suas mais emblemáticas campanhas: a do Prato Vazio. A categoria ocupa a Secretaria de Estado de Administração e Previdência (Seap) e pede a implantação do vale-transporte em vista do ‘salário de fome’ pago aos funcionários de escola.
2001
Greve geral. Os educadores exigiam que Jaime Lerner cumprisse acordos firmados no ano anterior e a eleição direta para diretores. Assembleia Legislativa do Paraná é ocupada.
2002
Governo Jaime Lerner. Os funcionários recebem salário inferior ao mínimo e era necessária uma complementação de R$ 43,99. Mas isto não enfraquece a luta. Em julho, foi aprovada a lei estadual nº 13.666/2002, que institui o Quadro Próprio do Poder Executivo (QPPE) com vencimento mínimo inicial da tabela de R$ 200,00 (valor acima do salário mínimo da época).
Os salários dos funcionários da educação também sofrem mudanças. O mínimo inicial é R$ 228,41, para o Agente de Apoio. Para o final da carreira, o valor é de R$ 901,33. Quanto ao Agente de Execução, inicial e final passam para, respectivamente, R$ 334,21 e R$ 1.344,31. Apesar da aparente melhoria, as regras para avançar na tabela são muito complexas.
2005
No aspecto profissionalização, a categoria conseguiu, através da criação da área profissional 21 (que resultou na criação das habilitações para funcionários de escola: técnico em infra-estrutura e meio ambiente escolar, técnico em alimentação escolar, técnico de gestão escolar e técnico em multimeio didático) a implementação das primeiras 38 turmas de profissionalização no Paraná.
2006
Os avanços são conquistados com mobilizações e luta sindical. São obtidos um abono de R$ 100,00 e uma gratificação de mais R$ 100,00. Em seguida, os valores são incorporados à tabela e o salário inicial do Agente de Apoio passa para R$ 599,37 e, o final, para R$ 2.135,47. O Agente de Execução recebe o inicial de R$ 899,05 e o final de R$ 3.263,37. Para comparar: o mínimo vigente era de R$ 350,00.
2008
Conquistada o Plano de Carreira dos Funcionários da Educação Básica (Lei nº 123/2008), que criou novos critérios para avanços e permitiu aos funcionários da educação melhores vencimentos através das promoções e progressões.
2012
Ano de lançamento da campanha ‘Quem não tem carreira não tem futuro’. A iniciativa tinha como objetivo dialogar com os jovens que ingressaram na carreira e se distanciaram (ou nunca se aproximaram) da luta sindical. A ideia foi levar o olhar desses jovens para a situação de servidores com mais tempo de trabalho e lutar para os avanços na carreira, garantindo um futuro melhor à todos(as) os(as) funcionários(as) de escola.
2013
Nova campanha: ‘Somos educadores(as), temos direitos’, através da qual se refletia sobre a superação da ideia dos(as) funcionários(as) eram meros ‘técnicos’ ou ‘burocratas’ e não agentes ativos no processo educativo. O reconhecimento da lei, como profissionais da educação, legitima esse processo. A campanha também reivindicava concurso público e o estabelecimento de um Piso Nacional. Nesse mesmo ano, alcançamos as seguintes conquistas: regulamentação das atribuições dos agentes educacionais I; progressão de duas para três classes a cada dois anos; aproveitamento de 100% da carga horária nos dias pedagógicos; promoção do agente educacional I com o Ensino Superior; promoção do agente II com especialização e, por fim, a instituição do concurso de remoção anualmente.
2014
Greve dos(as) professores(as) e funcionários(as) da educação pública no mês de abril. Como resultado, obtivemos o aumento no auxilio transporte para R$ 360,00, então equivalente ao auxílio transporte de um professor de 20 horas e que os(as) funcionários(as) não recebam menos que o salário mínimo regional.
2015
Greve histórica da categoria. No dia 29 de abril, ocorre o lamentável massacre de centenas de servidores(as) públicos, dentre eles(as), muitos funcionários(as) de escola. Conquistou-se: a manutenção da carreira; dos quinquênios que garantem um acréscimo de até 50% à aposentadoria e também dos contratos PSS. O retorno ao debate sobre o porte de escola e a derrubada da Comissão Geral na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).