Fim da aposentadoria e salários abaixo do valor mínimo. Saiba o que está por trás da proposta de 'Reforma' da Previdência

Fim da aposentadoria e salários abaixo do valor mínimo. Saiba o que está por trás da proposta de ‘Reforma’ da Previdência


 

Hoje, 08 de março, é um dia em que a sociedade lembra a luta pelos direitos à igualdade de gênero. No Dia Internacional da Mulher,  A APP-Sindicato reúne uma série de materiais que possam ajudar a compreender o que é a ‘Reforma’ da Previdência e porque essa proposta é tão maléfica para os trabalhadores, em especial, para as mulheres.

Na proposta, apoiada por Temer e seus articulistas, está previsto o fim da equiparação entre homens e mulheres. Isso porque o governo quer instituir à igualdade na idade mínima para 65 anos (e, pelo menos, 49 anos de contribuição), ou seja, fazer com que as trabalhadores se aposentem bem mais tarde, se quiserem ter direito ao valor integral da aposentadoria. O problema é que, ao se dedicar “igual” aos  homens, institui-se a máxima machista de fazer as mulheres trabalharem  quase o dobro, ganhando quase a metade dos salários da parcela masculina da sociedade. “A proposta não leva em conta a jornada doméstica, o acumulo de funções que é realidade na nossa sociedade e, muito menos, os nossos salários inferiores aos dos homens”, considera a professora Elizamara Goulart, secretária de Gênero, Raça, Relações Ético-Raciais e Direitos LGBT.

Magistério – Os(as)  profissionais do magistério também correm riscos com as propostas de alteração. Os(as) educadores(as) com mais de 45 anos entram numa chamada regra de transição e contribuem com 50% a mais sobre o tempo que faltaria para se aposentar. Temer quer, também, acabar com uma luta de anos da educação pública brasileira: o direito a aposentadoria especial (professores(as) e funcionários(as) de escola aposentados(as) têm hoje o direito ao mesmo reajuste de inflação e reposição dado aos(às) trabalhadores(as) da ativa. Com a Reforma aprovada, os reajustes não serão mais repassados aos(às) aposentados. O que representa uma perda, ano a ano, do poder de compra dos(as) educadores(as). Os(as) professores(as) perderiam o direito de se aposentar com 25 anos de contribuição e 50 ou 55 anos de idade, passando a valer o mesmo cálculo que os(as) demais trabalhadores(as)).

A Reforma da Previdência está sob análise na  Câmara dos Deputados, onde têm ocorrido as reuniões da comissão especial que discute as propostas de mudar Previdência como conhecemos hoje. Por isso é importante que cada mulher trabalhadora, cada educador participe das mobilizações contra o projeto. No próximo dia 15 de março, os(as) trabalhadores e trabalhadoras da educação pública do Paraná iniciam uma grande greve geral em protesto à retirada de direitos com ato público às 9 horas da manhã na Praça Santos Andrade, em Curitiba. Participe, pois sua aposentadoria corre perigo!

Veja aqui uma série de materiais que poderão ajudar no debate sobre o fim da aposentadoria

:: Reforma da Previdência só poderá mudar com pressão popular

:: Calculadora para descobrir com quantos anos você irá se aposentar

:: 15 de março é dia de greve por uma aposentadoria digna

:: Especialistas desmente propagando do governo sobre a Reforma da Previdência

:: Jornal 30 de Agosto especial 8 de março 

:: Panfleto Greve Geral do dia 15 de março 

 

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