FES exige do governo pagamento da reposição e fim do calote

FES exige do governo pagamento da reposição e fim do calote

Servidores(as) vão intensificar pressão que o governo pague a data-base

Coordenação do FES e dirigentes sindicais na Alep - Foto: APP-Sindicato

Dirigentes da APP-Sindicato e outros(as) integrantes da coordenação do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) marcaram presença nesta segunda-feira (2) na Assembleia Legislativa (Alep), dando continuidade na cobrança pelo pagamento da data-base.

Nesta semana, quando os(as) deputados(as) devem retomar a discussão desse assunto no plenário, a categoria vai intensificar a mobilização contra a mensagem enviada pela governadora Cida Borghetti (PP), com apenas 1% de reposição. Os(as) servidores(as) exigem, no mínimo, o índice da inflação acumulado no último período.

Um dos principais itens da campanha salarial 2018 dos(as) educadores(as), a luta pelo pagamento da data-base já provou que o governo, de acordo com estudos orçamentários do economista Cid Cordeiro, tem dinheiro e condições legais para pagar a dívida que atinge também outras categorias do serviço público vinculado ao Poder Executivo.

Desde 2016 os(as) trabalhadores(as) não recebem a recomposição das perdas anuais da inflação. A decisão pelo fim do calote criado pelo ex-governador Beto Richa (PSDB), que já amarga quase 12% de prejuízo nos rendimentos do funcionalismo, está nas mãos da governadora. Só no último período da data-base, a inflação acumulada foi 2,76%.

Acampados(as) no Centro Cívico desde o dia 11 de maio, a mobilização dos(as) servidores(as) conseguiu adiar por três vezes a votação de projetos que concedem a reposição de 2,76% apenas para o funcionalismo de outros poderes, como Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Legislativo.

Com a pressão, a governadora enviou mensagem de lei com reajuste para educadores, servidores(as) da saúde, militares e outros(as) categorias, mas só de 1%. A proposta foi rejeitada pelo funcionalismo, que exige isonomia e a retomada imediata do pagamento da data-base.

Alegando possíveis dificuldades de caixa no futuro, o governo mantém a política do governo Beto Richa ao se valer de previsões pessimistas para justificar o calote. Em reuniões com a governadora e sua equipe, os(as) servidores(as) debateram os números e reiteram que não aceitam apenas 1%.

A previsão é de que os projetos prevendo reajuste ao funcionalismo sejam votados pelos(as) deputados(as), em definitivo, nesta quarta-feira (4).

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