FES cobra governo sobre data-base, progressões e outros direitos

FES cobra governo sobre data-base, progressões e outros direitos

Lideranças reivindicaram também que não haja redução salarial nem demissões de servidores(as)

Foto: APP-Sindicato

Seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a prevenção da covid-19, representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES) se reuniram com o secretário de Administração e Previdência do Estado, Reinhold Stephanes, para cobrar do governo posicionamento sobre uma série de reivindicações feitas pelo conjunto do funcionalismo público do Paraná.

Dentre os assuntos tratados estão data-base, promoções e progressões, extinção de carreiras, licenças, desconto previdenciário de aposentados e decreto antissindical.

Do ponto de vista dos(as) sindicalistas, tendo como pano de fundo a crise sanitária decorrente do novo coronavírus, o governo Ratinho Junior tem se aproveitado da pandemia para ocultar dados econômicos e com isso cortar e negar direitos às servidoras e servidores.

“Estamos contestando a recente apresentação feita na Assembleia Legislativa pelo secretário da Fazenda, Renê Garcia. Entregamos ao secretário de Administração o documento produzido pelo FES com uma avaliação das finanças do Estado e queremos debater os números”, relata o economista e assessor do FES, Cid Cordeiro, que também ressaltou a falta de transparência do governo nos últimos meses.

Leia mais: Sindicatos contestam números divulgados pelo governo em prestação de contas

Durante o encontro, os(as) dirigentes do FES reivindicaram que não haja redução salarial nem demissões de servidores(as). “Sabemos que no cenário de pandemia, há setores no governo que defendem diminuir ainda mais a oferta de serviços públicos sob o pretexto de economia. Ocorre que são os servidores públicos que estão na linha de frente do combate ao vírus e processos para diminuição de salários ou demissões são inaceitáveis nessa hora”, diz o presidente do Sindarspen e membro da coordeanação do FES, Ricardo Miranda.

A data-base também foi tema da reunião e, segundo a integrante da coordenação do FES, professora Marlei Fernandes, o governo não tem até o momento nenhuma proposta. “Há muitos anos as servidoras e servidores estão pagando a conta da crise. Entendemos perfeitamente que é um momento muito grave, mas o governo precisa debater com a gente sobre propostas de reposição. Acompanhamos de perto as finanças do Estado e sabemos que há maneiras para que o Estado cumpra com seus compromissos”, salienta.

Outros assuntos cobrados pelo FES é o respeito ao piso regional para a remuneração dos(as) servidores(as) que recebem abaixo desse valor, a revogação das mudanças na tabela de desconto da alíquota dos(as) aposentados(as) e a manutenção de promoções e progressões durante o período de pandemia.

Os membros do FES também querem debate amplo sobre a lei que extinguiu carreiras do serviço público e sobre as formas de reposição desses serviços no futuro. Os sindicalistas conseguiram compromisso do governo para garantir o contrato dos PSSs até dezembro desse ano. As informações são do FES.

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