Feminicídio: mais um caso envolve uma educadora do Paraná APP-Sindicato

Feminicídio: mais um caso envolve uma educadora do Paraná

APP-Sindicato busca conscientizar sobre os malefícios do machismo

Foto: Charge de Carlos Latuff

Não é de hoje que a APP-Sindicato divulga e move ações para promover a conscientização sobre o tema do feminicídio. Pela educação pública trabalha-se em conjunto com a comunidade escolar, porém, precisamos reforçar cada vez mais para que os casos de machismo não resultem em novas tragédias. Nessa terça-feira, dia 22, a professora Franciely Tavares (33 anos), que lecionava no Colégio Decisão Júnior, foi morta a tiros por seu ex-marido, em Pinhão.

Sabe-se que ainda acontecem vários casos de feminicídio, alguns se tornam públicos e, muitos outros, não são mencionados. A secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBT da APP-Sindicato, Ana Carolina Dartora, reforça que um ganho para nós, mulheres, foi o de estabelecer que, por exemplo, este tipo de morte não é mero homicídio. “No caso da Franciely, ela foi assassinada porque é mulher. Infelizmente esses crimes ainda acontecem porque vivemos em uma sociedade machista e que inferioriza as mulheres. Nosso desafio é reeducar a sociedade para uma convivência igualitária entre homens e mulheres para que os feminicídios não continuem a acontecer”.

Os números revelam a triste realidade. De acordo com o Ministério Público do Paraná registram-se em média 13 casos de feminicídio e de tentativas do crime por mês, desde março de 2015 (quando a lei entrou em vigor) a março de 2018. O MP investiga 464 casos de feminicídio e tentativas de feminicídio no Estado, a maior parte das vitimas são mulheres negras.

É doído lidar com esta realidade, por isso,  denuncie (ligue 180).

O Sindicato exemplifica maneiras possíveis para se trabalhar em algumas disciplinas, por exemplo:

– Na matemática elaborar as questões com os dados numéricos das estatísticas;

– Na história demonstrar a violência proveniente do patriarcado;

– Na geografia pela geopolítica e diagnosticar quais são os espaços que as mulheres ocupam na sociedade capitalista;

–  Na educação física para trabalhar o corpo e, na prática, não separar necessariamente meninos e meninas por modalidades esportivas;

– Na literatura a indicação de livros que abordem o tema.

Leia mais:

::Nota da APP-Sindicato sobre os recentes casos de feminicídio

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