Fonte: Brasil de Fato PR
O Paraná volta a enfrentar dias difíceis. Desde 2015, o governador Beto Richa (PSDB) propagandeia que o ajuste fiscal no estado teria retomado o crescimento econômico. Mas agora o discurso outra vez é de aperto.
Os servidores públicos revoltaram-se contra a mensagem 43, enviada pelo governo à Assembleia Legislativa do Paraná, que suspende reposições de todos os funcionários públicos. O governo recuou e retirou a suspensão da data-base, mas professores estaduais mantiveram a greve por não ver garantias.
Pior do que isso são as formas de ameaça usadas neste momento em que estudantes, professores e servidores estão na luta. Há o risco de que o massacre do dia 29 de abril de 2015 se repita. Richa, ao lado de Valdir Rossoni, secretário chefe da Casa Civil, incitam grupos como Movimento Brasil Livre (MBL) a retirar à força das escolas os jovens que protestam contra a Medida Provisória (MP) 746, que introduz modificações na estrutura do ensino médio.
Ao invés de dialogar com o movimento de estudantes, o governador prefere incentivar ações ilegais para atacar os jovens e também os professores em greve. Já há denúncias de portões arrancados e estudantes agredidos por opositores das ocupações. Em alguns casos, as ações se assemelham a práticas fascistas.
O que está em jogo é a luta pela Educação Pública, pelos serviços públicos de qualidade. É hora de todos os setores democráticos saírem às ruas em apoio aos estudantes e servidores.