Falta de funcionários(as) no CAP de Maringá expõe problema crônico da rede estadual

Falta de funcionários(as) no CAP de Maringá expõe problema crônico da rede estadual

Males da terceirização: Estado gasta mais, demora a repor profissionais e deixa escolas à beira da interdição

Desde o começo do ano letivo, o tradicional Colégio de Aplicação Pedagógica de Maringá enfrenta um problema que tem se alastrado por toda a rede estadual desde a terceirização dos cargos de funcionários(as) de escola: a falta crônica de trabalhadores(as).

A instituição, que já chegou a ter 12 servidores(as) no setor de limpeza, conta com apenas três terceirizadas na função. O déficit torna impossível atender às necessidades da comunidade escolar e seus mais de mil estudantes.

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De acordo com informações da CBN, também faltam trabalhadores(as) para a cozinha, inspeção de alunos(as) e secretaria. Organizados(as), mães e pais protestam por soluções. Em fevereiro deste ano, somente no NRE de Maringá faltavam cerca de 200 agentes em 55 escolas.

À época, diretores(as) enviaram uma carta à Seed exigindo providências. O documento relata que “este problema vem acontecendo desde 2021, quando houve a dispensa dos funcionários PSS (…), com a troca para a empresa terceirizada, começaram os problemas.”

À APP, a assessoria da Seed informou que uma nova empresa foi apresentada para atender o NRE, e a chegada dos funcionários nas escolas só depende do prazo para apresentação de documentos dos(as) trabalhadores(as).

Mas o problema é generalizado no estado. Além da incapacidade das empresas terceirizadas de atender à demanda da rede, o modelo custa mais caro, prejudica a organização escolar e tem se notabilizado por calotes, exploração e precarização dos(as) trabalhadores(as).

A APP defende a revogação da extinção das carreiras dos agentes e da terceirização. Cobrada na última reunião com o Sindicato, a Seed lembrou que a mudança está completando um ano, reconheceu parte dos problemas, mas deixou em aberto a possibilidade de revogação.

A APP também luta na Justiça contra o modelo.

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