Estudantes e educadores(as) protestam contra o fechamento de colégio centenário em Curitiba

Estudantes e educadores(as) protestam contra o fechamento de colégio centenário em Curitiba


Nos seus 106 anos de história, o Colégio Estadual Barão do Rio Branco, nunca passou por um período de ameaça tão forte quanto agora na gestão Beto Richa (PSDB). Localizado no Centro de Curitiba, o Colégio atende quase 400 estudantes. Não são raros os casos de famílias que passam noites na fila de matrícula para, no início de cada ano, garantir que seu(a) filho(a) tenha acesso ao ensino no local. Agora, toda essa estrutura física e intelectual está à mercê de uma decisão da Secretaria de Educação (Seed), que ameaça o fechamento de turmas e alteração na estrutura física do prédio, podendo inclusive, fundir o Barão com outra escola, em outro local, abandonando toda uma comunidade escolar.

Contra o desmonte – que ameaçou o fechamento de escolas e foi combatido pela APP-Sindicato – é que estudantes, professores(as) e funcionários(as) protestaram hoje (27). Cartazes foram colados na fachada e postagens foram publicadas nas redes sociais para mostrar à sociedade e cobrar do governo um posicionamento que norteie a comunidade escolar em um momento de tanta instabilidade. “Queremos que a Secretaria de Educação se posicione, porque protocolamos um documento em maio pedindo um parecer oficial e até agora não tivemos resposta. Trabalhamos em uma escola que não sabemos se vamos  fechar, se vamos mudar de prédio, se vamos dividir espaço com outra escola. Só ouvimos boatos. Nós queremos continuar aqui e temos, inclusive, uma proposta de um projeto de escola integral. Queremos e temos fôlego para oferecer um ensino de qualidade”, reforça a professora Suzana Maiumi Morita.

Há uma petição online, de livre iniciativa popular, contra o fechamento do Colégio. Participe: www.euconcordo.com/peticao/1492/baraonaofecha/
Há uma petição online, de livre iniciativa popular, contra o fechamento do Colégio. Participe, basta clicar na imagem!

O professor Francisco França relembra que a situação caótica começou em janeiro deste ano, quando a direção do Colégio foi informada de que tinha cinco dias para se mudar para uma outra escola. A negativa da equipe pedagógica e o esforço das reuniões fez a Seed recuar.  “Vivemos em um absurdo. Nenhum governo na história do Paraná pensou em fechar escolas. Esse governo já atacou o direito dos servidores, dos professores e dos funcionários. Agora, ele quer fechar escolas, Pra que? Para abrir prisão? Porque é isso que acontece quando você fecha escola, quando diminuiu a oferta de ensino”, lamenta o professor.

A incerteza também afeta os(as) estudantes. Para eles(as), a falta de perspectiva para o próximo ano letivo prejudica o andamento de projetos pedagógicos e também aumenta as incertezas sobre a possibilidade de concluir os estudos. “Esse colégio faz parte da minha vida. Parte da pessoa que sou eu aprendi aqui. Aqui é um excelente local, viemos para frente e colocamos cartazes. Defendemos que o colégio deve permanecer aqui porque é esse um ponto estratégico para a maioria dos estudantes e famílias. Muita gente vai ter que deixar o Barão se ele sair daqui”, conta a estudante Sara Sutil.

A APP-Sindicato vem denunciando o fechamento de escolas e turmas desde 2015. O trabalho do Sindicato e das comunidades escolares em dar visibilidade aos problemas enfrentados diariamente no Paraná mostra o quanto é preciso resistir e enfrentar as ações arbitrárias, tão comuns neste governo. O Sindicato acompanha de perto o caso do Colégio Barão e continuará sua luta contra o fechamento de vagas e ações que prejudiquem o ensino e o aprendizado. Nenhum direito a menos, nenhuma escola a menos!

 

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