Crescem as mobilizações das comunidades escolares do Paraná contra o afastamento de diretores(as) de escola pela Seed. Nesta sexta-feira (26) foi a vez dos estudantes do Colégio Estadual Silveira da motta, em São José dos Pinhais. Eles(as) interromperam as aulas pela manhã e foram para a porta do colégio exigir a volta do diretor Henrique Weyne Duarte e do diretor-auxiliar Dinancor Cunha Filho.
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Os estudantes receberam pela manhã a notícia da destituição dos diretores e se organizaram rapidamente para se manifestar contra a medida, justificada pela Seed pelo não cumprimento de metas. Nesta semana, mobilizações também eclodiram no Colégio Edimar Wright, de Almirante Tamandaré, pela mesma razão.
“Eles foram destituídos por uma calúnia. Estão dizendo que nosso diretor não estava cumprindo com suas funções. Isso é uma mentira. Eles querem colocar interventores, tudo por causa das plataformas que segundo eles o nosso diretor não estava cobrando”, afirma o estudante Luiz Otávio.
“Os diretores foram eleitos com 88% dos votos. E ninguém veio perguntar pra nós, os estudantes, que são os beneficiários do trabalho da direção, o que achamos dos trabalho deles. Isso é um absurdo”, completa o aluno.
A manifestação foi acompanhada pela Direção Estadual da APP, com a presença dos(as) dirigentes Margleyse dos Santos e Daniel Matoso, além da presidenta do Núcleo Sindical Metropolitana Sul, Simone Barbosa. “Os alunos têm direito à manifestação, então a gente está aqui para dar todo o apoio e solidariedade a eles e trazer segurança para os professores e funcionários”, afirma Simone.
Desde o ano passado Simone tem percebido movimentação da Seed para afastar diretores de escola autoritariamente. “O que a gente tem visto mais recentemente é que as comunidades escolares não estão mais aceitando, estão se mobilizando, como no Silveira da Motta”, diz.
Respeito à gestão democrática
Bernardo Bordignon, aluno do Silveira da Motta, considera que destituição dos diretores é um desrespeito com a comunidade escolar. “O diretor e o vice foram escolhidos por meio de uma eleição democrática. A opinião do povo não está sendo respeitada”, diz.
A estudante Larissa Lopes concorda que é importante defender o respeito ao voto dos que elegeram os diretores destituídos. “A gente vive numa democracia então nada mais justo que a gente poder lutar por ela agora”, diz.
Bernardo reforça que a defesa dos diretores não é uma questão pessoal. “Acho importante todo mundo lutar por essa causa pois não é só em defesa deles, mas sim da democracia e da comunidade escolar não só do Silveira da Motta, mas de toda a comunidade escolar do Paraná que está sofrendo bastante nos últimos tempos.
Larissa deixa evidente a gratidão aos educadores pelo trabalho na direção da escola. “Eles utilizaram o poder que tinham para fazer algo para os alunos. Por isso estamos defendendo com toda força agora, porque eles fizeram o bem para a nossa educação, para o nosso futuro melhor, então queremos fazer por eles também”.
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