Dirigentes da APP-Sindicato se reuniram na tarde de hoje (25) com grêmios estudantis de Curitiba e região metropolitana. Com o intuito de debater diversos temas que envolvem o universo dos(as) estudantes, a roda de conversa, envolvendo também educadores(as) que vieram acompanhar os(as) alunos(as), tratou do universo jovem e a ação de todos(as) para avançar na qualidade dos debates nas escolas.
O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, deu boas vindas aos(às) estudantes e explicou que a entidade quer promover debates com a juventude. “A intenção é de que haja encontros regularmente, tanto em Curitiba, como nos núcleos da APP, pois sabemos que é sempre muito importante. A luta e o aprendizado que se dá na sala de aula se enriquece muito mais quando a gente, desde jovem, tem a condição de fazer uma participação mais efetiva”, explica.
O secretário de Comunicação, Luiz Fernando Rodrigues, apresentou uma análise situação de violência que os(as) jovens sofrem no Brasil. De acordo com o dirigente, que apontou dados do Mapa da Violência, no ranking mundial o Brasil é o 5º na lista de mais mortos na juventude. “De 1996 a 2006, os homicídios no Brasil, em geral, cresceram 20%. Se a gente fizer o recordo só dos homicídios com a juventude, os homicídios cresceram 31%. 45% das mortes dos adolescentes de 12 a 18 anos são homicídios cometidos por arma de fogo. Ou seja, 45% dos jovens estão morrendo assassinados no Brasil”, destacou.
De acordo com Ícaro Moura, que é integrante do grêmio estudantil do Colégio Estadual do Paraná, o debate ajudou a compreender temas que afetam a juventude e outros que estão ligados diretamente à vida escolar, como por exemplo, as mudanças que o governo quer fazer na eleição de diretores(as). “No momento em que o sindicato traz a gente pra cá e inclui no meio no debate, além de dar aos alunos a importância que têm enquanto estudantes, realmente acaba efetivando nosso trabalho dentro do colégio”, explica.
A APP encerrou o debate convidados todos(as) os(as) estudantes a participarem do grande ato, no próximo dia 29, dia que marca quatro meses do massacre sofrido pela categoria.
