Escolas estaduais estarão fechadas a partir de segunda-feira (02)

Escolas estaduais estarão fechadas a partir de segunda-feira (02)

Após aprovar a greve no último dia 22, servidores(as) da educação se mobilizam contra reforma de Ratinho

Foto: João Paulo Vieira/APP-Sindicato

A partir de segunda-feira (02), professores(as) e funcionários(as) de escola cruzarão os braços para lutar contra a reforma da previdência de Ratinho. Após deflagrar greve, em assembleia estadual, realizada no dia 22, a categoria se une aos(às) demais servidores(as) públicos para derrubar a PEC elaborada pelo governo estadual. Já no dia 3, o funcionalismo da educação participará da mobilização estadual convocada pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES). O ato tem início a partir das 8h30, com concentração na Praça do Homem e da Mulher Nu(a) (19 de dezembro). Já às 16h, após a mobilização, a categoria se reúne em uma assembleia, em frente ao Palácio Iguaçu, para avaliar os próximos passos do Sindicato.

Com o modelo de Ratinho, os(as) servidores(as) que já sofrem com salário defasado, sofreram uma grande perda . Com o aumento da alíquota de 11% para 14%, o funcionalismo perde 3% de salário. Assim serão 3% de defasagem contra 2% do reajuste. No final, as categorias perdem 1% de poder de compra. Isso inclui os já aposentados, que pagarão 14% sobre o que passar de dois salários mínimos. A proposta de Ratinho também estabelece contribuição de 14% sobre valores de aposentadoria que forem maiores que dois salários mínimos nacional. Hoje a contribuição é de 11% sobre o que excede o teto do INSS. Mais um ataque absurdo sobre quem já recebe os menores salários do Estado.

O Sindicato denuncia também as propostas para educação de Ratinho e do Secretario da Educação, Renato Feder, que vai contramão do Plano Nacional de Educação (PNE), o governo Ratinho Jr. (PSD) não enfrenta o problema da evasão escolar e utiliza destes dados como justificativa para fechar turmas e escolas, restringir a oferta do Ensino Médio noturno e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa prática comprova o que a APP-Sindicato vem denunciando, já que o governo trata a educação como mercadoria e precariza ainda mais as condições do processo de ensino-aprendizagem nas escolas.

O presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, destaca que os(as) servidores(as) estão reforçando a mobilização para greve e destaca que todos(as) devem se organizar para participar do ato público estadual.

“Esse vai ser um dia muito importante na nossa luta. Nós precisamos dar uma resposta muito forte ao governador Ratinho e a todos que participam deste processo de ataque aos nossos direitos. Também faremos uma grande assembleia estadual da nossa categoria. Nós precisamos fazer a luta contra a aprovação dessa reforma da previdência, ainda mais grave do que a já feita em nível nacional e também nós precisamos trabalhar como será a distribuição de aulas e também debater sobre o fechamento do ensino médio noturno”, enfatiza Professor Hermes Leão.

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