Escolas cívico-militares acentuam autoritarismo e desigualdades, aponta dirigente da APP em debate sobre violência na escola

Escolas cívico-militares acentuam autoritarismo e desigualdades, aponta dirigente da APP em debate sobre violência na escola

Secretária Educacional Vanda Santana participou da Jornada “Violência na Escola: Isso É da Nossa Conta!”, realizada pelo Conselho Regional de Psicologia

Encerrando o ciclo de contribuição com os trabalhos da Jornada “Violência na Escola: Isso É da Nossa Conta!”, conferência realizada pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), a APP-Sindicato realizou mais uma exposição em uma mesa de debate na manhã desta sexta-feira (11).

O evento é uma oportunidade de discutir a escola democrática e plural, a emancipação humana e o fim das violências.

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Com o tema “Enfrentamentos à Violência na Educação”, a mesa teve a presença da secretária Educacional da APP-Sindicato, Vanda Santana, e da assistente social vinculada à Prefeitura de Cambé, Lisieux Osmarina de Moraes, com mediação de Cláudia Cobalchini, representando a Associação Brasileira de Psicologia Social e o CRP-PR.

Em sua intervenção, Vanda Santana explicou que para entender como a violência prejudica a educação é necessário compreender o fenômeno histórico-cultural que gera desigualdades sociais. 

“As violências afetam o conjunto deste universo escolar e as soluções passam pela compreensão da complexidade desse fenômeno, partindo da escola como espaço de formação e socialização para a sua superação. A escola precisa ser um espaço de formação de consciência e de construção de uma nova cultura”, afirmou a secretária.

Outro ponto abordado por Vanda foi o papel do Estado na disseminação da violência. Ela ressaltou que políticas desastrosas como as escolas cívico-militares acentuam o autoritarismo e as desigualdades dentro do espaço escolar.

“Uma rede articulada que passe pelas equipes multidisciplinares é fundamental para uma gestão educacional que seja capaz de atuar pela emancipação e consciência cidadã, contra o ódio, a violência e o autoritarismo. A escola não é lugar de militares. Isso vai na  contramão da escola que defendemos”, defendeu Vanda.

No final da conferência será redigida e aprovada uma carta que será entregue às autoridades estaduais, com recomendações de ações e políticas para combater a violência no ambiente escolar.

Participaram também de atividades na conferência nesta sexta-feira (11), a secretária executiva Educacional da APP-Sindicato, Margleyse dos Santos; a deputada federal Carol Dartora (PT) e a assessora educacional da APP, Marilda Ribeiro da Silva.


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