Entidades exigem justiça à Lindolfo Kosmaski em ato neste sábado (8) APP-Sindicato

Entidades exigem justiça à Lindolfo Kosmaski em ato neste sábado (8)

A manifestação será na cidade de São João do Triunfo. A APP-Sindicato, junto com o Coped-PR, movimentos sociais e sociedade civil lutam por respeito e dignidade a população LGBTI+ e minorias

Durante a manhã deste sábado (8), a APP-Sindicato, junto com o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná (Coped-PR), movimentos sociais e sociedade civil realizam um ato na cidade de São João do Triunfo em memória ao Professor Lindolfo Kosmaski. Professor do Regime PSS, ativista LGBT e que atuava junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Lindolfo foi encontrado carbonizado na noite do último sábado (1). O movimento acredita que o homicídio tenha sido motivado por homofobia.

Com início às 10h da manhã, a concentração do ato ocorrerá no centro da cidade, onde os(as) presentes cobram justiça e celeridade nas investigações do homicídio de Lindolfo, além de respeito pela vida e dignidade de pessoas LGBTI+, que são um dos grupos minoritários que mais sofrem com os crimes de ódio no Brasil. De acordo com o Professor Clau Lopes,presidente do Coped e secretário executivo da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+, no mês do combate nacional e internacional contra a LGBTIfobia (17), enfatiza que agora é importante cobrar por justiça.

“Para nós o que cabe agora é justiça, justiça e justiça. Por isso que nós, estaremos amanhã no município de São João do Triunfo pedindo que as autoridades olhem por aquele caso, pois nós precisamos com urgência que esse caso seja esclarecido e que esse assassino, essa pessoa cruel, se responsabilize por tudo o que fez contra o professor”.

Segundo o relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia, 329 pessoas LGBTI mais sofreram de morte violenta no Brasil, somente em 2019. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso é equivalente a 1 morte a cada 26 horas. Além do caso de Lindolfo, em Curitiba mais duas pessoas foram vítimas de crimes violentos somente nesta semana. 

“Pelo Coped estamos articulando junto ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) e a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), que esse caso seja apurado com propriedade. Em Curitiba, em menos de uma semana foram mortos dois meninos LGBTs com o mesmo perfil, então estamos vendo uma chacina na cidade em meio a tempos tão difíceis e de tanta dor. É por isso também que precisamos lutar pela justiça por todas essas mortes”

É preciso tratar a LGBTIfobia nas escolas

Diante de um período em que o ódio é fomentado pelos governos, principalmente pela nossa representação máxima de Estado, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), a APP-Sindicato aponta que é necessário que Educadores(as) abordem o tema nas escolas, conscientizando crianças e adolescentes sobre o respeito, igualdade e pluralidade na sociedade. 

O presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, destaca que é preciso educar para os valores e convívio entre as mais diversas pessoas presentes em nossa sociedade, criando um sentimento mútuo de respeito e empatia. “Como educadores(as), precisamos tratar esses temas nas escolas, a começar pela criança mais pequena na educação infantil. Precisamos educar para os valores do convívio, para aceitação das pessoas, para a convivência harmoniosa entre meninos e meninas. A convivência harmoniosa e respeitosa com todas as diferenças, das quais compõe a sociedade. precisamos estabelecer a cultura do respeito e da paz, tão necessária nos dias de hoje”.

MENU