No terceiro dia de greve, servidores(as) marcham até o Palácio do Iguaçu

No terceiro dia de greve, servidores(as) marcham até o Palácio do Iguaçu

Representantes sindicais também visitaram a Perícia Médica, que os recebeu de portas fechadas

Foto: João Paulo Vieira/APP-Sindicato

Durante a manhã de quinta-feira (27), servidores(as) públicos(as) estaduais realizaram atos por todo estado para cobrar do governo Ratinho Junior (PSD) a reposição da data-base. Chegando ao terceiro dia de greve, a gestão ainda não deu respostas ou recebeu representantes dos sindicatos para debater a defasagem, que ultrapassa 17%.

Em Curitiba, as mobilizações tiveram início às 9h da manhã e os(as) trabalhadores(as) do estado participaram de um debate sobre as condições de trabalho nos órgãos públicos do Paraná. Representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES) explicaram as dificuldades que servidores(as) tem sofrido com a falta de estrutura dos locais de trabalho, além das ameaças que os(as) trabalhadores(as) que aderiram a greve têm sofrido por parte do governo.

Os(as) servidores(as) realizaram também uma caminhada até a porta do Palácio do Iguaçu para exigir que o governador recebesse os sindicatos para debater uma proposta de reposição.

Já em cidades do interior, os Núcleos Regionais se mobilizaram para fortalecer ainda mais o movimento. Em Maringá, estudantes e servidores(as) fecharam os portões do campus da UEM e colocaram faixas exigindo a reposição. Servidores(as) também participaram de uma aula pública na rua sobre as pautas da greve.

A cidade de Londrina também recebeu um ato público em conjunto, onde reuniu diversas categorias de servidores(as) estaduais em greve. Em Foz do Iguaçu e região, a Praça da Paz foi o ponto de encontro dos(as) trabalhadores(as) que pedem um basta nos ataques da educação.

Perícias Médicas

Ainda pela manhã, dirigentes sindicais e servidores(as) foram até a Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional (DIMS) do Paraná, local onde são realizadas as perícias médicas dos(as) funcionários(as) do estado.

Esta é a unidade do Estado com o maior número de médicos(as) peritos(as). Oito delas estão sem atendimento por falta de profissionais: são somente 32 para atender as 18 regionais. A defasagem faz com que muitos(as) servidores(as) do interior precisem vir à capital para realizar as avaliações. Alguns têm que viajar mais de 500 km, três vezes em menos de um mês.

No local, os(as) servidores(as) foram recebidos(as) com as portas fechadas. O Secretário de Saúde e Previdência, Ralph Wendpap,  e o Secretário Executivo de Formação Política-Sindical e Cultura, Paulo Vieira, mostram indignação e destacam que mais uma vez o estado mostra o desrespeito com seus trabalhadores e trabalhadoras.

Isso vai fechar em 5 segundos

MENU