Durante reunião com diretores(as) de escola na manhã de hoje (23), os(as) educadores(as) e dirigentes da APP-Sindicato debateram o fechamento de turmas, turnos e escolas pelo Estado.
A secretária de Finanças da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes, destaca que é momento de unificar a luta da categoria. “O fechamento de escolas, assim como o fechamento de turmas, é um problema que ocorre em todo o Paraná. Devemos nos unificar e denunciar essas ações do governo”, explica. Marlei também comenta que é essencial que a comunidade escolar saiba o que está acontecendo. “As escolas devem fazer reuniões com o Conselho Escolar. Além disso, devem fazer assembleias com pais, mães, estudantes e fazer atas dessas reuniões. É importante que as escolas busquem moções de apoio com a comunidade. Farmácias, mercados, igrejas, vereadores, enfim… Nas mais diversas representações de toda a comunidade escolar”.
De acordo com a secretária Educacional, Walkíria Mazeto, escolas do campo e que atendem o EJA – Educação de Jovens e Adultos – estão sendo diretamente afetadas. Walkíria dá um exemplo de como isso pode prejudicar estudantes adultos. “O aluno trabalhador vai ter dificuldade no seu deslocamento até a escola e acaba por desistir de estudar. A meta que nós temos de erradicação do analfabetismo do Paraná, com essa medida de fechamento de turmas e escolas, se torna muito mais difícil de ser cumprida. A Seed deveria fazer propostas de trazer os alunos de volta para a escola, ou mobilizar aqueles que ainda não estudam, mas resolve dificultar o acesso que o estudante já tem”, declara.
Durante a reunião com os(as) diretores(as), foi definido um calendário de lutas e mobilizações para os próximos dias:
27 de outubro – Às 10h acontece ato público em frente à Seed. A APP-Sindicato convoca, educadores(as), estudantes, pais, mães, responsáveis e trabalhadores(as) de Curitiba e região para se mobilizarem em frente à Secretaria de Educação.
28 de outubro – Haverá mobilização nas escolas contra a lei “adote uma escola”, o PL da Mordaça e o fechamento de turmas, turnos e escolas pelo Estado. Neste dia educadores(as) usarão uma tarja vermelha que representa o posicionamento contrário aos ataques à educação pública. Além disso, deve haver uma forte mobilização nas redes sociais, onde a categoria e os(as) estudantes denunciam os desmandos do governo.
29 de outubro – Concentração às 10h com panfletagem na Boca Maldita e mobilização nos Núcleos Sindicais. O ato em Curitiba é unificado com as demais categorias do serviço público estadual. A APP irá colher assinaturas e entregar panfletos denunciando para a sociedade as medidas que o governo vem tomando, causando insegurança e incerteza geral nas escolas do Paraná.
05 de novembro – Dia de proteção das escolas: as escolas farão mobilização no trânsito ao redor do prédio escolar, denunciando fechamentos e pedindo apoio da comunidade. As mobilizações devem acontecer em cada escola do Estado.
09 de novembro – Audiência Pública às 09h na Alep para tratar dos três temas que estão causando insegurança nas escolas: fechamento de escolas, Lei da Mordaça e lei “adote uma escola”. A APP é contrária a todas essas medidas que o governo vem tomando e vai debater e apresentar isso em audiência pública aberta à comunidade.
