Em frente à sede do Banco Central em Curitiba, trabalhadores(as) exigem corte na taxa de juros APP-Sindicato

Em frente à sede do Banco Central em Curitiba, trabalhadores(as) exigem corte na taxa de juros

Ato faz parte da Jornada de Lutas contra os juros altos que acontece em todo o Brasil

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APP-Sindicato, CUT-PR demais centrais e sindicatos(as) realizaram, na manhã desta terça-feira, 20 de junho, um ato em frente ao Banco Central de Curitiba para exigir a redução da taxa básica de juros (Selic).

O objetivo é pressionar Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), a parar de boicotar o Brasil e reduzir a taxa de juros que, nos patamares atuais, tem travado a economia e prejudicado a geração de emprego e a renda dos(as) trabalhadores(as). Definido pelo autoridade monetária, o índice está em 13,75% ao ano, o mais alto do mundo.

A APP-Sindicato esteve presente e reafirmou o posicionamento das centrais. Para a secretária de Assuntos Municipais, Marcia Aparecida de Oliveira Neves, os juros altos penalizam justamente aqueles que vivem do trabalho. “Juros altos significam empobrecer ainda mais a população. Enquanto isso, poucos privilegiados vivem sem trabalhar, apenas lucrando com os juros. A sociedade precisa entender que isso representa salário menor, educação pior, saúde pior e uma economia paralisada”, explicou.  

Além da questão do desemprego, a capacidade de consumo da população fica limitada, os gastos com as despesas básicas se tornam ainda mais elevadas e o endividamento da classe trabalhadora impossibilita qualquer investimento. 

O presidente da CUT Paraná, Márcio Kieller, reafirmou a necessidade de diálogo com a sociedade sobre a responsabilidade de Campos Neto. Mesmo com a inflação controlada e o crescimento da economia no primeiro trimestre, os juros permanecem em patamares recordes. “Ou Campos Neto toma consciência que precisa  acompanhar o avanço do Brasil ou está fora. O país não pode estar rumo ao desenvolvimento e o presidente do Banco Central caminhar rumo ao atraso, rumo ao retrocesso, deixar o país engessado pela alta taxa de juros”, afirmou. 

Segundo dados publicados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mais de 78% da população brasileira tem dívidas ou parcelas com o pagamento atrasado. 

A manifestação também integra a Jornada de Mobilização Contra a Política Monetária do Banco Central, que começou na última sexta (16), com uma caminhada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Neste dia 20, atos e mobilizações aconteceram em diversos locais do País. A campanha é permanente e está acontecendo nas redes e nas ruas, até que o BC, comandado por Roberto Campos Neto, pare de boicotar a economia brasileira por meio da Selic elevada.

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