Em entrevista a uma rádio da cidade de Ponta Grossa, o deputado federal Fernando Francischini disse não se arrepender do que houve no dia 29 de abril de 2015, quando servidores(as) foram agredidos pela Polícia Militar (PM) enquanto protestavam em Curitiba, contra o pacotaço do governador Beto Richa (PSDB) sobre a previdência.
Francischini era secretário de segurança pública do Estado e teria arquitetado o plano para entrada dos deputados em 12 de fevereiro num camburão para votar um pacote de medidas do governador. Também estava à frente da pasta no dia 29 de abril do mesmo ano, quando centenas de pessoas ficaram feridas após mais de quatro horas de bombardeio contra os(as) servidores(as). Segundo o ex-secretário, “O problema é que falam em um massacre onde não morreu ninguém. E até hoje eu não vejo ninguém com sequelas definitivas”.
Para Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato, é mais uma prova da arrogância e da falta de respeito do governo Richa e vários de seus integrantes com a população paranaense. “Somos servidores públicos e merecemos o devido respeito por servir a população deste Estado. Alguém que diz representar o povo no parlamento não pode se furtar de respeitar a todos os paranaenses”, ressalta Leão. O presidente também afirmou que a luta pelos direitos de todos(as) os(as) trabalhadores(as), mais especificamente professores(as) e funcionários(as) nunca parou, não irá parar e retruca o deputado: “Em defesa dos nossos direitos, faríamos tudo novamente”.
A categoria está em Estado de Greve e tem uma pauta importante a tratar com o governo do Paraná. No próximo sábado, juntamente com movimentos sociais, a APP-Sindicato realiza ato em frente ao Palácio Iguaçu para relembrar as violências do governo Richa e cobrar a pauta aprovada em assembleia. O ato será a partir das 9h na praça Nossa Senhora de Salete, no centro cívico da capital.