Educadores(as) são barrados(as) na Assembleia Legislativa

Educadores(as) são barrados(as) na Assembleia Legislativa


O clima dentro e fora do prédio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta quarta-feira (1º), não poderia ser mais destoante. Do lado de fora, professores(as) e funcionários(as) de escolas (além de servidores de diversas categorias) mantinham o protesto contra as medidas punitivas do governo do Estado. Paralelamente isso, no Plenário da Casa Legislativa, risos, abraços e a mais completa indiferença com quem não pôde entrar. O governador Carlos Alberto Richa não deu as caras. Em seu lugar estava o secretário chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni. O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo da Costa, também estava lá, para a cerimônia de posse da ‘nova’ mesa diretora da Alep para o biênio 2017/2018, que de nova não tem nada. O novo/velho presidente da Casa, o deputado Ademar Traiano, foi quem determinou a proibição da entrada dos(as) servidores(as).

“Não podemos entrar na casa do povo, mas ficamos em volta. Estamos aqui na defesa dos nossos direitos: data-base, por uma distribuição de aulas justa, por condições de trabalho descentes para os servidores, entre outras coisas. Não entramos hoje, mas ficaremos aqui até 2018, porque este governo passará. Por isto devemos continuar unificados”, destacou a coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais, professora Marlei Fernandes de Carvalho.

Os deputados da bancada de oposição saíram para dar apoio aos(às) trabalhadores(as). “Vocês são um bom exemplo na defesa do interesse público, que constrói o Paraná todos os dias, com governo, sem governo e, agora, apesar do governo. Faz este Estado funcionar, em todas as horas. E vocês têm nosso apoio, por isso nos recusamos permanecer na sessão”, explicou o deputado Professor Lemos.  “Não nos convidaram para esta festa pobre. Uma festa privada com recursos públicos, para os amigos e aliados do Richa”, alfinetou o deputado Tadeu Veneri. Além de Lemos e Veneri, os deputados Nereu Moura e Requião Filho também levaram a solidariedade aos que ficaram do lado de fora.

“Acho que os deputados, aqui, nunca viram os portões da Assembleia fechado por tanto tempo. Nestes últimos dois anos, esta casa, que tem representantes do povo paranaense, eleitos pelo voto popular, tem uma mesa diretora que se recusa a reconhecer os direitos deste mesmo povo em entrar na Assembleia”, apontou Requião. Para o deputado Nereu, o momento exige união. “Temos que nos unir, gente. Agora e depois. Porque se não nos unirmos, esta gente vai continuar no poder. Porque eles são habilidosos, usam a imprensa e a mídia. A propaganda do governo, sobre a Educação, vende a ideia de que ele tem feito maravilhas pela Educação. Temos que impedir a continuidade deste projeto mentiroso, corrupto e covarde”, disse.

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