A Resolução 02/2019, que regulamenta a distribuição de aulas nas escolas, prejudicou não só professores(as), mas também pedagogos(as) e readaptados(as). Este ano, o governo do Estado decidiu aumentar a carga horário de trabalho desses(as) profissionais – sem, é claro, nenhuma contrapartida financeira. Por isso, a APP-Sindicato organizou nesta quarta-feira (06), o Sindicato atos em frente aos Núcleos Regionais de Educação (NREs) e à Secretaria de Educação (Seed) para buscar a revogação da jornada de trabalho e a manutenção dos direitos à hora-atividade e à contagem em hora-aula (de 50 minutos) para toda categoria.
A contagem da hora-aula (como era até ano passado) por hora-relógio (como quer o governo) implica em uma sobrecarga de trabalho e, também, em uma mudança estrutural no trabalho desenvolvido nas escolas. “Antes, a minha carga horária era distribuída de uma forma que eu tinha um dia da semana livre. Eu organizava esse tempo para fazer meus estudos, preencher as RCO [Registro de Classe Online] e resolver questões como uma consulta de rotina, para não precisar faltar, por exemplo. Agora eu perdi isso. O salário diminui a cada ano, por conta da inflação que não é reposta. A gente tem um trabalho tão amplo, de atendimento aos pais, alunos e até professores. Temos que estar sempre bem, mas está difícil. Começamos o ano com um sentimento profundo de desvalorização. É desânimo e frustração”, comenta a pedagoga Margleyse Santos eu explicar o impacto da alteração.
Ato em Curitiba – Reunidos(as) desde o início da manhã na frente da Seed, a categoria mostra publicamente seu descontentamento com a medida. Mas a movimentação surtiu efeito: a direção estadual conseguiu uma reunião ampliada com o secretário de educação, Renato Feder. Um grupo de 70 profissionais entrará na Secretaria, a partir das 13h, para cobrar o fim da medida. O resultado da reunião você confere logo mais no site da APP.
