Já são cinco dias de atraso no pagamento dos salários dos(as) educadores(as) contratados(as) em regime temporário. A indignação dos(as) quase 37 mil profissionais do regime PSSs soma-se ao sentimento de revolta com o atual governo do Estado, que até agora não oficializou a data do depósito.
Os contratos dos(as) profissionais temporários foi encerrado oficialmente no dia 31 de dezembro e, até agora, os(as) servidores(as) não receberam o que é de direito. A APP cobrou da Secretaria de Estado da Educação (Seed) e da Casa Civil os esclarecimentos e obteve a resposta que o processo burocrático para o pagamento havia sido feito. O Sindicato também protocolou um pedido de liminar no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná para que o governo efetue imediatamente o pagamento dos salários dos servidores (as) com contratos temporários e irá, na tarde desta segunda-feira (05), novamente ao Tribunal cobrar os atrasados. Houve também uma manifestação, organizada pela APP, durante a posse do governador reeleito, para mostrar à sociedade o descaso com a educação pública.
O professor de história José Odair Ferreira Neto lamenta a situação ao relembrar que desde 2006 os salários dos PSSs não sofriam atraso. “É humilhante. Cheguei a passar vergonha no mercado por ter ido fazer a compra no final do ano e não ter saldo na minha conta. É um sentimento de revolta, de raiva por saber que trabalhamos com dedicação durante um ano inteiro e depois sermos tratados como mão-de-obra escrava”, atesta o professor.
Para o também professor de história Allyson Lopes, a situação de desespero é semelhante. “Fiquei sabendo do atraso pelo site da APP e me senti humilhado. Eu estudei, investi na minha formação acadêmica, trabalhei e cumpri todas as minhas obrigações profissionais e, no momento de sair de férias, na minha viagem planejada há meses, tive que cancelar. É uma sensação horrível”, desabafa.
A direção estadual da APP e o departamento jurídico da entidade seguem com total atenção para que o pagamento seja implantado o quanto antes. As informações sobre o caso serão divulgadas aqui, no site do Sindicato.