Após várias tentativas de diálogo da categoria com o governo estadual, em debater as demandas da educação, sem proposta alguma, que represente avanço; no dia 25 de junho, os profissionais da educação deflagraram greve por tempo indeterminado, no estado do Paraná, em conjunto com outras categorias que compõem o FES (Fórum das Entidades Sindicais).
Em mobilização, os profissionais da educação realizaram na manhã dessa segunda-feira (08/07), um ato em frente ao Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul, em defesa da educação pública, de qualidade e a manutenção dos direitos do funcionalismo público que, mais uma vez, estão sendo ameaçados.
Um cenário difícil para a educação pública, tanto no contexto nacional, como estadual, o qual demarca um novo direcionamento da educação, ameaçada pelo mote da privatização e flexibilização, modelo que atende aos interesses empresariais. Em se tratando do Estado do Paraná, a educação vem sendo conduzida por interesses mercantilistas, defendidas pelo atual Secretário de Educação do Estado do Paraná, Renato Feder (Fundador da Multilaser e herdeiro do grupo Elgin).
Nesse contexto, nos deparamos com um projeto de Estado que ataca os direitos dos servidores públicos e a qualidade educacional no Paraná. A exemplo, o projeto de lei nº 04/2019, que promove um congelamento nos investimentos para o setor público pelo período de 20 anos, vinculados às condições orçamentárias. Além da recomposição inflacionária dos servidores que ultrapassam os 17% de defasagem acumulada, advindas desde o governo Beto Richa e mantidas pelo governo Ratinho Jr. A greve chega ao 13º dia. Após única proposta do governo apresentada à imprensa, no dia 04 de julho, o movimento ganhou força com adesão de mais categorias.
Confira a pauta de reinvindicações:
• defesa do Piso Nacional;
• realização de concurso público e manutenção do processo de seleção de professores (as) PSS, conforme vigência atual, através da prova de títulos;
• pagamento do piso mínimo regional e reajuste do auxílio-transporte e alimentação para os (as) funcionários (as) de escola;
• manutenção, conforme o previsto em lei, do processo de eleição de diretores (as) de escolas;
• defesa da jornada de trabalho em horas-aula para os (as) professores (as), pedagogos (as) e readaptados(as) e da hora-atividade;
• contra o intervencionismo pedagógico nas escolas (tutorias, Prova Paraná, controle de frequência dos (as) estudantes, pressão por resultados, entre outros.)
• abertura de novas turmas do PDE e manutenção do Pró-funcionário, que são programas estruturais e permitem avanços na carreira.
Acreditamos na construção de uma educação justa e de qualidade, o que somente é possível por meio do diálogo entre sociedade civil e representes do poder público.