Dirigentes da APP se reuniram hoje (13) com a nova superintendente de Educação da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Ana Seres Trento Comin, para apresentar os debates e discussões que já estavam sendo realizados na gestão anterior. Na primeira reunião com a nova superintendente da Educação, a direção da APP-Sindicato atualizou a professora Ana Seres sobre a metodologia e as comissões de trabalho nas negociações com a Secretaria.
A secretária Educacional, Walkíria Olegário Mazeto, falou sobre as comissões existentes que faziam debates de pautas específicas com a Seed, como Comissão de Trabalho da Educação Especial, Comissão de Porte de Escola, Comissão de 40 horas e Comissão de Concurso Público, solicitando que esta mesma metodologia de trabalho continuasse sendo empregada.
De acordo com Walkíria, as comissões realizam um importante debate dentro da Seed e contribuem para o atendimento de demandas das escolas. “Nossa última reunião da comissão de trabalho da educação especial, por exemplo, foi feita em dezembro. Muitos pontos ficaram suspensos desde então. Queremos a retomada dos trabalhos”, disse. A superintendente declarou concordar com esse método de trabalho e disse que isso deve continuar.
Além disso, o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, falou sobre a ausência de reuniões de negociação na Secretaria, visto que o secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira, não tem aberto espaço para negociações que envolva o financeiro. “O secretário insiste em não debater o que seja de custo e isso dificulta as nossas negociações. Logo teremos a data-base, o que deixa a situação ainda mais complicada”, explicou.
O presidente também levantou o tema da recente modificação do calendário de reposição para funcionários(as) de escola. Hermes destacou que, ao fechar o calendário de reposições após a greve, houve certo desgaste, mas ele estava sendo aplicado. “Ficou entendido que o calendário estava certo, inclusive, razoável para os alunos. Essa nova orientação da Seed foi uma surpresa e novamente desorganizou as escolas”, disse ele durante a reunião.
A superintendente defendeu a modificação no calendário dos(as) funcionários(as) e afirmando que é necessária sua alteração, apesar de ter questionado a forma de aplicação. A secretária de Funcionários(as), Nádia Brixner reiterou que muitos funcionários e funcionárias foram obrigados a trabalhar na distribuição do Programa Leite da Criança ou, ainda, acompanhando distribuição de aulas e fazendo suprimentos.
“Estes dias trabalhados devem ser descontados dos 10 dias de reposição”, explica. Nádia destacou que o fato de que existem muitos funcionários e funcionárias cursando o ProFuncionário. A superintendente informou que a orientação da Seed indica a possibilidade da reposição aos sábados ou trabalhando uma hora para além da carga horária diária normal.
“Além disso, é extremamente importante que seja feita uma orientação da Superintendência, indicando que cada coletivo escolar possa, junto com o diretor(a), organizar esta reposição”, afirmou Nádia. Ana Seres afirmou que o diretor tem autonomia para fazer a gestão da carga horária dos funcionários. “Não podemos retirar a alteração, mas precisamos fazer a gestão disso”, explicou.
Destacou ainda que aqueles funcionários e funcionárias que trabalharam no período de paralisação, seja na distribuição de leite ou de suprimentos, podem utilizar estas horas trabalhadas pra descontar dos 10 dias de reposição. A superintendente declarou que estará em reunião com os(as) chefes dos Núcleos de Educação (NREs), na próxima quarta-feira (15), e que fará as devidas orientações.
Por fim, a professora Walkíria destacou a necessidade de debates que discutam a dificuldade na reabertura das turmas , que foi um dos itens da greve geral da categoria, e fez o pedido para que as reuniões sobre o tema sejam retomadas. A secretária Geral da APP, Vanda do Pilar Santos Bandeira Santana, também participou da reunião.
