O plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) recebeu na tarde desta quarta-feira (14) um evento especial para debater políticas públicas de ampliação dos direitos da pessoa idosa. Após as discussões, foram entregues diplomas de menção honrosa a pessoas de destaque na defesa desse segmento no Paraná. A secretária de Aposentados(as) da APP-Sindicato, Maria Adelaide, foi uma das homenageadas.
“A APP me possibilitou um caminho que eu nunca tinha imaginado ser possível, que é o caminho da luta pelos direitos da pessoa idosa. Eu sou apaixonada pelo meu trabalho e estou muito grata por todos amigos que vieram me prestigiar nesse momento tão importante para mim”, disse Adelaide.
Emocionada com o reconhecimento do seu trabalho junto aos trabalhadores(as) da educação aposentados(as), a dirigente dedicou a homenagem ao seu irmão, Acyr Correia Júnior, que faleceu durante a pandemia. “Nós sempre fomos muito unidos, mas pela pandemia e por ele estar internado, já fazia algum tempo que não conversávamos. Um pouco antes dele falecer, na nossa última conversa, ele disse que tinha muito orgulho de mim e do meu trabalho”, contou.
Junho Violeta
O evento fez alusão ao Junho Violeta, mês da conscientização e combate à violência contra a pessoa idosa. Além da presidenta da APP, Walkiria Mazeto, a atividade contou com a presença de deputados(as) estaduais e especialistas no tema.
A procuradora de Justiça do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e coordenadora do Centro de Apoio das Promotorias de Justiça da Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência (CAOPIPCD), Rosana Beraldi Bervervanço, ministrou uma palestra sobre o fortalecimento do controle social para a garantia de direitos das pessoas idosas.
“O envelhecimento é um fato social e demográfico que vai se acentuar nos próximos anos. Dessa forma, a proteção e o avanço nas políticas públicas da pessoa idosa são imprescindíveis”, afirmou, lembrando que o idoso deve ser acolhido primordialmente em sua casa, com sua família.
Números
Nesta quinta-feira (15), a data é marcada pelo Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, são alarmantes os números da violência contra essa fatia da população no Brasil.
Só nos cinco primeiros meses deste ano, o Disque 100 recebeu mais de 47 mil denúncias. Ao todo, foram contabilizadas cerca de 282 mil violações de direitos. Na comparação com o ano passado, os dados oficiais apontam um aumento de 57% nas denúncias e de 87% nos registros de violações de direitos. Em 2022, foram mais de 30 mil denúncias e mais de 150 mil violações.
Como evidenciam os números, a violência contra as pessoas idosas é uma realidade cruel e ocorre de várias formas, como negligência, abandono, violência física, psicológica e violência financeira ou material.
Denuncie
O apelo das autoridades e dos(as) ativistas envolvidos na causa é para que a população ajude a combater o problema. As situações podem ser denunciadas nas unidades básicas de saúde, delegacias e Polícia Militar, por meio do 190 – para situações de risco iminente – ou no Disque 100.
Também é possível denunciar pelos aplicativos de mensagem. No Telegram, digitando “Direitoshumanosbrasil” na busca, ou pelo WhatsApp (61) 99611-0100, do Disque Direitos Humanos.
Com informações da Alep e do Ministério dos Direitos Humanos.