Direito à terra: Comunidade Paiol da Telha conquista quilombo

Direito à terra: Comunidade Paiol da Telha conquista quilombo


A comunidade Paiol de Telha conquistou o direito de permanecer na área ocupada pelos quilombolas. A ação é resultado de acordo realizado nesta quinta-feira (11) entre o Paiol de Telha e o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), o Governo do Paraná, a Polícia Militar do estado e a Cooperativa Agrária.

Desde o dia 31 de maio de 2015, cerca de 40 famílias quilombolas ocuparam a área, considerada parte do território tradicional reivindicado pela comunidade quilombola. O processo de reconhecimento do território tradicional foi aberto no INCRA desde 2005, mas apenas em outubro de 2014 o Instituto assinou a portaria de reconhecimento do território da comunidade Paiol de Telha.

A ocupação se deu como forma de pressionar a presidente da República a assinar o decreto de desapropriação da área, bem como viabilizar imediatamente aos(às) quilombolas melhores condições de vida. A comunidade quilombola Paiol de Telha permanecerá definitivamente na posse da porção do território tradicional.

Com o acordo a comunidade passa a ocupar 10 hectares de suas terras desde já. A partir de novembro de 2015, a comunidade deve ocupar mais 112 hectares da área, mesmo que não tenha ocorrido a titulação definitiva do território. Através do INCRA, o Governo Federal se comprometeu a assinar com brevidade o decreto de desapropriação, e em seis meses realizar os atos necessários para desapropriar mais 1200 hectares em benefício da comunidade.

A comunidade quilombola Paiol de Telha é composta por mais de 300 famílias, e tem sua origem em 1860, quando 13 trabalhadores escravizados receberam o território como herança deixada pela escravocrata , Balbina Francisca de Siqueira, que faleceu sem deixar filhos.

A APP-Sindicato apoia as reivindicações do movimento quilombola e, em vários momentos, esteve presente ajudando o Paiol de Telha a conquistar melhores condições de vida para sua comunidade.

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