Dinheiro que escorre ralo abaixo

Os paranaenses estão pagando, em média, 11,46% a mais para manter o mesmo padrão de vida que há um ano. Os dados fazem parte de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada esta semana, sobre o acumulado da inflação nos últimos 12 meses. A informação traz ainda mais revolta quando acompanhada de outra constatação: Curitiba é a capital com o maior índice de inflação do Brasil.

Mas qual o motivo do(a) paranaense estar pagando uma conta tão cara? De acordo com as pesquisas, o que influencia o alto índice, em sua maior parte, são os impostos estaduais. Isso mesmo, aqueles criados e cobrados pelo governador do Estado. O aumento do imposto sobre circulação de produtos e serviços, das tarifas de energia e, recentemente de água e o IPVA estão entre os valores que, no Paraná, são cobrados de forma mais elevada que no restante do país.

No Paraná, as estratégias administrativas geram algumas dúvidas: o próprio secretário da Fazenda declarou que “a ordem é que as estatais cortem despesas e gerem o maior dividendo possível para os acionistas”. A entrevista do secretário Mauro Ricardo ao Jornal Valor Econômico demonstra o que a APP-Sindicato e as entidades de defesa da classe trabalhadora rechaçam: os interesses dos aliados ao governador são colocados acima dos interesses da população. Inflacionar as tarifas de água e luz acima, bem acima, das médias nacionais é uma forma de gerar caixa para o Estado, mas também gerar lucro para o empresariado que apóia Richa. É tempo de fechar a torneira, e ir à luta!