No Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado nesta segunda-feira (25), a urgência em enfrentar a violência de gênero mobiliza ações ao redor do mundo. Instituída pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), a data é um marco para a conscientização e o combate às diversas formas de violência que atingem mulheres diariamente.
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No Brasil, a campanha ganha ainda mais relevância diante de números alarmantes. Em 2023, foram registradas 258.941 vítimas de violência, um aumento de 9,8% em relação ao ano anterior, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Além disso, casos de violência psicológica e perseguição tiveram altas expressivas, destacando a necessidade de ações integradas para combater o problema.
Para a secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP-Sindicato, Taís Adams, é essencial unir esforços para enfrentar a violência de gênero “Estamos em 2024 e ainda vivemos uma sociedade desigual, racista, machista e patriarcal. As violências sexuais, físicas, psicológicas, patrimoniais e morais ainda são naturalizadas. Políticas públicas são indispensáveis, mas a educação também é uma ferramenta poderosa para transformar a sociedade”, ressalta.
A dirigente aponta que a educação tem um papel transformador para desconstrução do machismo, do racismo e de outras discriminações. “O combate à violência contra a mulher é uma responsabilidade de todos e todas. Só com uma sociedade engajada conseguiremos erradicar essas violações”, observa Taís.
Dias de Ativismo
A data também marca o início dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, campanha global que conecta a luta contra a violência de gênero aos direitos humanos. Criada em 1991 pelo Centro para a Liderança Global das Mulheres (CWGL), a mobilização ocorre de 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, envolvendo cerca de 150 países.
Durante esse período, governos, organizações e indivíduos realizam ações de conscientização e debate sobre as diferentes formas de violência que atingem mulheres, enfatizando a urgência de políticas públicas e o engajamento coletivo.
No Brasil, a campanha assume um formato ampliado, sendo conhecida como os “21 Dias de Ativismo”, começando em 20 de novembro, no Dia da Consciência Negra. A mobilização é marcada por eventos e ações de conscientização que incluem datas significativas:
20 de novembro – Dia da Consciência Negra (início da campanha no Brasil);
25 de novembro – Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher;
29 de novembro – Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da Mulher;
1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids;
3 de dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência;
6 de dezembro – Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (campanha do Laço Branco);
10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos e encerramento oficial da campanha.
Peça ajuda. Denuncie!
A APP-Sindicato reforça que mulheres em situação de violência podem e devem buscar ajuda. Denuncie e procure atendimento nos seguintes canais:
180 – Central de Atendimento à Mulher
181 – Disque Denúncia Estadual / Paraná
153 – Patrulha Maria da Penha (disponível em capitais e algumas cidades, informe-se)
Delegacia da Mulher – Atendimento especializado para acolhimento e proteção
* Com informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
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