A APP-Sindicato faz a sua homenagem a todos(as) os(as) pedagogos(as), mesmo sabendo que ainda há muito para batalhar pela valorização do segmento e de todos(as) os(as) educadores(as). A comunidade escolar é uma escola para a vida.
Os(as) pedagogos(as), entre tantas atribuições, são responsáveis por auxiliar na educação, formação e aconselhamento dos(as) estudantes, incluindo o planejamento pedagógico escolar e as questões de aprendizado, comportamento e convivência – que envolve os(as) educandos(as) e suas famílias. É um trabalho constante e que precisa muita minuciosidade para cada detalhe a ser desenvolvido.
É preciso fazer uma retrospectiva dos princípios do exercício da profissão na rede pública e suas principais lutas contidas na Carta Paraná, do III Seminário Estadual de Pedagogos(as) da APP-Sindicato, em 2020: “Organização escolar em tempo de pandemia”.
A coordenadora do Departamento de Pedagogos(as) da APP, Aline Carissimi, enfatiza que o(a) professor(a) pedagogo(a) expressa em seu trabalho uma luta intransigente em defesa da educação e da aprendizagem. “É buscar a superação de uma lógica imposta, contraproducente, vigilante, autoritária, especialmente em tempos de pandemia, que visa a redução do conhecimento escolar e a consolidação de práticas curriculares aligeiradas, tecnicistas e pontuais”.
Reafirmar direitos e permanecer em luta pela valorização e reconhecimento dos princípios básicos da Constituição Federal da educação pública, gratuita e de qualidade em todas as redes e sistemas de ensino.
Confira os principais aspectos apontados pelo Sindicato:
1) Lutar e resistir contra práticas que visem a vigilância, sujeição, dependência e burocracia sem o exercício crítico da realidade e do conhecimento. Queremos que a Secretaria da Educação (Seed) abra debate e grupo de trabalho sobre o tema;
2) Basta às políticas de fiscalização e vigilância do ensino público materializadas em planilhas e na plataformização da prática escolar, exemplo: meet, power BI, escola total e demais planilhas;
3) Na luta pela jornada de trabalho dos(as) professores(as) pedagogos(as) e readaptados(as). Exigimos o reconhecimento de nossa jornada em hora-aula para toda a categoria;
4) Não às mudanças curriculares! Contra o CREP, a redução da carga horária das humanidades e a Reforma do Ensino Médio. Estas mudanças visam a mera formação mercadológica das pessoas em detrimento da formação humana;
5) Amplo debate sobre a adequação da Proposta Pedagógica Curricular e do Projeto Político Pedagógico das escolas com a comunidade e profissionais da educação. Escola de todos(as) para todos(as)!;
6) Imediata contratação de profissionais para o exercício da docência especializada em sala de aula. É inadmissível que professores(as) pedagogos(as) façam a substituição destes(as) profissionais, uma vez que, no caso das licenciaturas específicas, não têm habilitação adequada. E na pedagogia ocorre uma sobrecarga de trabalho ainda maior com as aulas remotas;
7) Revisão do porte escolar com atribuição de um(a) pedagogo(a) a cada três turmas – decorrente da sobrecarga de trabalho exigida pela Seed nos últimos anos;
8) Oferta de cursos de formação aos(às) professores(as) pedagogos(as) pela Seed em parceria com as universidades públicas, pois, o que está sendo oferecido é abaixo da “necessidade x realidade” das novas configurações de trabalho;
9) Destinação de 1/3 da jornada dos(as) professores(as) pedagogos(as) para a Organização do Trabalho Pedagógico (OTP), ou seja, 33% da jornada ou um dia para OTP, que se configuraria em tempo destinado para a realização de estudos, cursos e organização interna do trabalho dos(as) professores(as) pedagogos(as), equivalente para a hora-atividade dos(as) professores(as).
Exigimos respeito! Respeite a educação! Respeite seus profissionais!
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