O Dia da Merendeira Escolar, comemorado nesta quarta-feira (30), é marcado pelo reconhecimento dessas(es) profissionais que desempenham um papel essencial na qualidade da alimentação oferecida aos (às) estudantes. Responsáveis por oferecer refeições bem preparadas e seguras, essas(es) profissionais garantem que alunos e alunas de todo o Brasil recebam refeições saudáveis e nutritivas durante o período de aula. A APP-Sindicato valoriza a data e parabeniza a todas(os) as(os) merendeiras(os).
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Para a secretária de Promoção de Igualdade Racial e Combate ao Racismo da APP, Celina Wotcoski, que atuou como merendeira escolar por mais de vinte anos, a data representa o reconhecimento dessa(e) profissional nas escolas. “Ser merendeira(o) na escola também é educar, porque a gente educa com o coração e com o sabor. Dentro da escola cada um tem sua contribuição e a(o) merendeira(o) não deixa de ser um(a) educador(a) também”, comenta.
A secretária dos(as) Funcionários(as) da APP, Elisabete Almeida, destaca que o dia é também um momento de luta por mais dignidade para a profissão. “Os nossos governantes muitas vezes ignoram o papel dessas funcionárias(os) e não dão a devida importância para que elas(es) possam realmente ter um salário digno e condições de vida melhores”, ressalta.
Essa data é reconhecida nacionalmente, e várias cidades e estados realizam atividades para celebrar a importância dessas(es) trabalhadoras(es) na promoção de uma alimentação de qualidade nas escolas públicas. Atualmente, mais de 300 mil merendeiras(os) atuam em cerca de 154 mil escolas, atendendo mais de 40 milhões de estudantes no Brasil.
Histórico
A história do início da profissão de merendeira(o) está diretamente ligada à implementação da merenda nas escolas, que exigiu a presença de um(a) profissional para o preparo e a distribuição das refeições.
Por volta de 1945, no Brasil, surgiu a preocupação com uma alimentação de qualidade para todos. Neste período, a Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamou o direito de viver livre da fome e da desnutrição. No ambiente escolar, os alimentos chegavam pré-preparados e montados, e a(o) merendeira(o) se encarregava apenas da distribuição deles.
Quarenta e oito anos depois, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu o direito de todos os estudantes devidamente matriculados a receberem alimentação escolar por meio de programas suplementares oferecidos pelos governos federal, estaduais e municipais de forma integrada. Com esse direito, tornou-se necessária a presença de merendeiras(os) nas escolas, pois os alimentos, antes prontos, passaram a ser enviados in natura, exigindo o preparo e a manipulação no ambiente escolar, prática que se mantém até os dias atuais.
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