O governo tem tentado, de todas as formas, amedrontar a nossa categoria. A última ofensiva foi plantar, em alguns veículos de imprensa, que a partir de amanhã (21) seriam lançadas as faltas para o desconto dos dias parados. Mas a informação não procede, especialmente porque a nossa greve além de legítima, legal e forte: 85% das escolas estão fechadas. É o que explica o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.
“Em maio não teremos nenhuma falta, pois o Meta 4 foi fechado no começo deste mês. O sistema será reaberto a partir de amanhã, mas para lançamentos de faltas para junho. E quem lança a falta é o Núcleo Regional de Educação, mas apenas se o diretor enviou. Então, reiteramos: temos o direito à greve e esse tema entrará em negociação assim que concluirmos a greve. Diretores e diretoras, não enviem as faltas!”, conclamou.
O irônico nesta situação é que o governo quer descontar de professores(as) e funcionários(as) de escolas que estão legalmente lutando por seus direitos,enquanto continua pagando o salário de R$ 28 mil ao auditor fiscal Luís Antônio de Souza, investigado pelo envolvimento no esquema de sonegação em troca de propina na Receita Estadual. E não é só o de Souza. Outros envolvidos no esquema, que estão foragidos, continuam recebendo.
Outro fator que fortalece a nossa luta é que a Justiça de São Paulo acabou de determinar que o governo do Estado não desconte os dias parados na greve dos(as) educadores(as) daquele Estado. Em caso de descumprimento, caberá multa de R$ 10 mil por dia ao governo. Este é um precedente importantíssimo para a nossa categoria.