Derrota da “Lei da Mordaça” na Justiça adia votação de parecer na Alep

Derrota da “Lei da Mordaça” na Justiça adia votação de parecer na Alep

Sindicato tem dialogado com deputados(as) para que projeto em tramitação na Alep seja rejeitado

Foto: APP-Sindicato

A direção da APP-Sindicato acompanhou nesta segunda-feira(12) a reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) marcada para analisar o projeto de lei nº 606/2016, que censura a atuação dos(as) professores(as) em sala de aula. A anulação pela Justiça de leis semelhantes aprovadas em municípios e estados motivou o adiamento da votação de um parecer sobre a matéria, também conhecida como “Lei da Mordaça” ou “Escola Sem Partido”.

Antes da reunião, o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, conversou com membros da comissão e alertou sobre os problemas contidos na iniciativa, pedindo voto contrário. “Escola Sem Partido nada mais é do que o estímulo ao patrulhamento e à censura ao trabalho docente no interior das escolas”, justificou, acrescentando que o Sindicato vai continuar acompanhando o processo de tramitação na Alep.

Segundo o presidente, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e os Conselhos Estadual e Nacional da Educação já emitiram pareceres contrários à proposta. Hermes também lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar suspendendo lei similar aprovada no estado de Alagoas e deve julgar o mérito da ação até o fim de novembro deste ano.

Contrariando o parecer do deputado do Tiago Amaral (PSB), que se manifestou favorável ao envio do projeto para apreciação em sessão plenária, o deputado Professor Lemos (PT) apresentou voto contrário. Ele justificou sua posição pela defesa da Constituição, dos(as) professores(as), das escolas, dos estudantes e com base nos pareceres dos Conselhos da Educação e das decisões judiciais que têm reconhecido a inconstitucionalidade da matéria.

Também contrário ao tema e preocupado com a insegurança jurídica, o deputado Anibelli Neto (MDB) pediu vista, adiando a discussão e o parecer final da Comissão. Segundo o deputado, o objetivo é solicitar informações sobre a discussão do assunto em nível nacional e os argumentos que têm declarado a inconstitucionalidade do projeto.

Além do presidente, acompanharam a reunião e dialogaram com os(as) deputados(as), os secretários da APP-Sindicato de Formação Política-Sindical e Cultura, professor Paulo Vieira, e de Saúde e Previdência, professor Ralph Wendpap.

Isso vai fechar em 5 segundos

MENU