Está na lei: o direito à reposição das perdas salariais causada pela inflação e a garantia da implementação da promoção e progressão na carreira dos(as) servidores são assegurados pela Lei 18493/2015 e pelas leis e decretos que normatizam e garantem o pagamento do avanço de classes e níveis na tabela salarial dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola. Mas, no Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) vem fechando os olhos para a legislação e, além de atrasar o pagamento das promoções e progressões, ameaça cortar o direito ao pagamento da data-base previsto para janeiro.
Na educação, os(as) trabalhadores(as) estão em Estado de Greve para mostrar o descontentamento com a má gestão e também para intensificar as atividades que cobram os direitos da categoria. Na manhã desta terça-feira (19), professores(as) e funcionários(as) estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) para conversar com deputados(as) sobre a legislação e os abusos cometidos contra a educação pública no Estado do Paraná. A categoria mostra sua união ao cobrar explicações daqueles e daquelas que pretendem apoiar o governador nesta nova tentativa de punir o funcionalismo público e descumprir a lei. O funcionário de escola José Valdivino de Moraes é também representante da CNTE e explica a ação. “Viemos cobrar de perto duas questões muito importantes para categoria: não aceitamos a revogação da data-base, queremos que fique mantida para janeiro. Queremos ainda o pagamento das promoções e progressão em atraso, com todos os retroativos.”
Para a professora Vera Rosi, dirigente do Núcleo Sindical de Ponta Grossa, a organização da categoria e o trabalho do Sindicato servem para não deixar passar projetos que retirem o direito dos(as) educadores(as) e para mostrar à população as trapaças articuladas contra os(as) servidores(as). “Fomos já nos gabinetes dos deputados da região de Ponta Grossa e agora continuamos nosso trabalho. Vamos visitar andar por andar e já soubemos que muitos vão fugir, mas vamos conversar com todos que estiverem aqui porque nossas reivindicações já são leis e as leis precisam ser respeitadas”, defende a professora.