Data-Base já! Paraná registra R$ 7,2 bilhões de sobra, mas não paga o que deve a servidores(as)

Data-Base já! Paraná registra R$ 7,2 bilhões de sobra, mas não paga o que deve a servidores(as)

"Teve superávit e teve aumento de receitas, está demonstrado que tem recursos, mas a bonança é só para os empresários",afirma Marlei Fernandes

Enquanto sobra dinheiro para o governo, falta comida na mesa do(a) servidor(a) público(a) do Paraná. O Estado registrou superávit de R$ 7,2 bilhões em 2021, mas os(as) trabalhadores(as) que atendem a população amargam defasagem salarial de 34%.

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“O Estado tem crescimento de receita, mas os recursos só vão para os mais ricos.Teve superávit e teve aumento de receitas, está demonstrado que tem recursos, mas a bonança é só para os empresários”, afirmou Marlei Fernandes, secretária de Assuntos Jurídicos da APP, durante reunião on line do Fórum dos Servidores Estaduais do Paraná (FES) nesta quarta-feira (23).

Marlei lamentou que, enquanto se nega a pagar o que deve aos servidores(as), o governador Ratinho Jr reservou R$ 17 bilhões em renúncias fiscais no orçamento de 2022, beneficiando grandes empresas do Paraná.

Sobra em caixa, falta para valorizar o funcionalismo

Durante a reunião do FES, que tratou do planejamento de uma campanha salarial unificada, o economista Cid Cordeiro analisou os números apresentados na véspera pelo secretário da Fazenda, Renê Garcia Jr, na Assembleia Legislativa. 

“Os gastos com a folha de pessoal caíram 1%. O crescimento das receitas foi de 17% e as despesas aumentaram  6%. Por isso esse resultado excepcional com superávit nas contas”, resumiu Cordeiro.

“Temos uma situação boa do Estado e ruim do servidor”, prosseguiu Cid Cordeiro. O garrote financeiro imposto por Ratinho Jr reduziu gastos e investimentos, atrasando o desenvolvimento do Paraná.

“O governo encerrou o ano passado com R$ 11 bilhões em caixa. Se considerarmos só recursos não vinculados, que o governo pode gastar onde quiser, são R$ 7 bilhões”, apontou Cid Cordeiro.

Analisando o balanço do secretário da Fazenda, Cordeiro constata que a dinâmica dos gastos com servidores(as) ativos(as) é de queda.”A folha de pagamentos dos ativos teve uma queda de 1%; a folha total, de 2%”, destaca.

A situação de penúria dos servidores públicos, há quatro anos sem o pagamento da data-base, não sensibiliza o governador Ratinho Jr, que prefere construir ilusórios indicadores financeiros que se refletem na péssima qualidade de suas políticas públicas.  

Não é aumento, é justiça!

A APP tem ações referentes à Data-Base para professores(as), funcionários(as) e aposentados(as). Não é necessário ingressar com terceiros. O Tribunal de Justiça já julgou favoravelmente aos(às) servidores(as) a ação referente à Data-Base atrasada de 2017, mas o processo aguarda julgamento de recurso do Estado.

Saiba mais no vídeo abaixo.


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