Dados mostram importância dos “21 dias pelo fim da violência contra as mulheres”

Dados mostram importância dos “21 dias pelo fim da violência contra as mulheres”

Iniciada no dia 20 de novembro, a campanha alerta para a escalada da violência contra meninas e mulheres

Nesta sexta-feira (25), Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, reafirmamos a luta contra a violência de gênero. A campanha nacional, ao lado da CNTE, chama atenção para a maior maior vulnerabilidade das mulheres negras no país, iniciando no dia 20 de novembro os “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”.

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Os dias de luta, criados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991 e evidenciados em mais de 150 países, objetivam mobilizar a sociedade para o debate sobre a violência contra mulheres e meninas, além da conscientização sobre a importância de romper o silêncio e efetuar a denúncia.

A campanha no Brasil é fundamental, principalmente por conta dos altos índices de crimes contra mulheres e meninas. Conforme o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, nos dois últimos anos 2.695 mulheres foram mortas pela condição de serem mulheres – 1.354 em 2020 e 1.341 em 2021. 37,5% das vítimas de feminicídio são brancas e 62% são negras. 

Vale lembrar que por ser se tratar de uma lei que deixa a cargo dos(as) servidores a correta tipificação, ainda há desafios em enquadrar o crime enquanto feminicídio. 

A proporção de feminicídios em relação aos homicídios dolosos de mulheres ajudam a compreender esse sintoma: no âmbito nacional a proporção é de 34,6% em 2021. Em mortes violentas intencionais, 70,7% são negras e apenas 28,6% são brancas.

Ainda no documento, casos de estupro somaram 66.020, 4,2% a mais do que no ano anterior, sendo que 75,5% das vítimas eram vulneráveis, incapazes de consentir com o ato sexual. A maioria, 61,3%, tinha até 13 anos e em 79,6% dos casos o autor era conhecido da vítima.

Já sobre a população LGBTIA+, houve um aumento de agressões, sendo hoje 35,2%, 7,2% nos homicídios e 88,4% nos estupros.

“A cada dia temos várias mulheres sendo violentadas. Nós mulheres somos a maioria na sociedade e precisamos que nos respeitem porque não somos sexo frágil. A APP-Sindicato tem uma grande contribuição nessa luta porque somos a maioria mulheres e precisamos lutar para conseguir nossos direitos e lutar para garantir esses direitos. Temos voz e vez e precisamos nos colocar em todos os espaços e ser respeitadas”, enfatiza a secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTIA+, Margleyse dos Santos.

A APP enfatiza que a luta contra a violência não deve ficar limitada a uma data, mas sim ser uma luta constante. É importante que a sociedade se una para denunciar e assim garantir que a vida das mulheres e meninas brasileiras sejam garantidas. 

Confira alguns canais de denúncia:

180 – Central de Atendimento à Mulher

181 – Disque Denúncia Estadual / Paraná

153 – Patrulha Maria da Penha – Disponível em capitais e algumas cidades, informe-se

Delegacia da Mulher – Procure atendimento específico para o acolhimento de mulheres na sua cidade


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