Propaganda enganosa é crime! É mais uma irregularidade (mentira) descarada no governo do Paraná, que utiliza a mídia para manipular a opinião pública. Divulga números incorretos e fatos que nunca aconteceram. Mas, os (as) educadores(as) não se calam. A APP-Sindicato lamenta o tratamento do governo e seus(as) gestores(as) quando estão nos bastidores. “Nossa luta é justa e vamos fazer o que for necessário contra todas as opressões e distorções criminosas que infelizmente se aprofundam no nosso Estado. O governo quer colocar uns contra os outros, mas, vamos superar coletivamente”, assegura o presidente da APP, professor Hermes Silva Leão.
A publicidade que o governo investe ajuda a mascarar a realidade. Só em 2017, gastará até R$140 milhões. Os anúncios veiculados mostram a versão “ilusionista”, que não condiz com a realidade. O governo diz que a educação é prioridade, e que nos últimos sete anos, teve um aumento na remuneração salarial de 146% na rede pública de ensino. Porém, como é possível afirmar que investe em uma categoria que tem os menores salários entre os(as) servidores(as) estaduais?
Vamos recapitular, afinal, existe alguma pedra no meio do caminho. Investe como, se após a recente Resolução 113/2017, está automaticamente deixando mais de sete mil professores(as) desempregados(as), punindo a categoria e retirando os direitos adquiridos com lutas e mobilizações nos anos anteriores. Qual a justificativa para investir em publicidade e economizar, em média, R$200 milhões em educação?
Realmente a ironia do secretário chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), prevalece quando diz que os cálculos do governo e da APP são diferentes. A matemática exata nunca vai coincidir quando existe manipulação. É fato!
A saga continua, pois o governo alega que contratou mediante concursos públicos 23.550 professores(as) e funcionários(as) da educação. Finalmente, nesta terça-feira (31), foi autorizada a convocação de mais de 339 professores(as) remanescentes de 2013 para a rede estadual. Foram várias as insistências e questionamentos da APP pela demora dessa nomeação.
O governo diz investiu na infraestrutura de 1.000 escolas públicas, mas, sacrifica quem leciona. A irracionalidade prevalece. A questão da hora-atividade é um dilema. O governo atribui como evolução ficar em 37,5% a hora-atividade, ou seja, 12 horas e 30 minutos em sala para os(as) professores(as) e 7 horas e 30 minutos fora. Na prática, terá a diminuição da hora-atividade, que acarreta em menos tempo para atividades extraclasse e aumenta o número de professores(as) temporários(as) desempregados(as), além da punição aos(às) educadores(as) que adoeceram ano passado e ficaram afastados(as).
Um dos principais defensores das medidas que prejudicam os(as) professores(as) é o secretário chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni. Rossoni, que usa as redes sociais para atacar a categoria, enquanto deputado federal teve 32% de faltas nas sessões da Câmara Federal, em apenas um ano de mandato, segundo o site Congresso em Foco.
O slogan apresentado “O Governo do Paraná sempre a favor dos paranaenses” se refere a quem exatamente? Será que está relacionado com mais de R$1,5 milhão que a família Richa custa aos cofres públicos, segundo o próprio Portal da Transparência do governo?
Certamente o slogan não se aplica à educação. Exemplo disso, ocorreu na última reunião, sexta-feira (27), entre a APP-Sindicato e Valdir Rossoni. A secretária de Finanças da APP, Marlei Fernandes de Carvalho, frisou que foi um ataque violento à entidade. “Vamos denunciar a distorção do chefe da Casa Civil sobre a nossa entidade. Todos que estavam na reunião presenciaram os ataques pessoais, indecentes e chantagistas”. Marlei Fernandes destacou que a entidade de 70 anos não irá se curvar. “O pavor neste Palácio é que o governador não sobe nas pesquisas porque a sociedade sabe das suas maldades e mentiras. Lutaremos sem trégua até 31 de dezembro de 2018. E que o governo que se eleger seja melhor do que esse”.