Mesmo após o dia intenso de mobilizações que foi o 29 de abril, educadores(as) já se encontravam reunidos(as) bem cedo neste sábado (30), na sede da APP-Sindicato em Curitiba, para o Conselho Estadual da entidade. Na pauta, além da análise de conjuntara e avaliação da pauta da categoria, também foram discutidas as próximas atividades e mobilizações.
A professora Janeslei Aparecida Albuquerque, atual secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT Nacional, realizou uma análise da conjuntura nacional ressaltando os perigos do golpe e o que vem pela frente para os(as) trabalhadores(as). “O nosso desafio hoje é fazer a nossa base entender o que significa esse golpe, o que realmente está em jogo. Este é um golpe em todos os nossos direitos e na nossa soberania construída nos últimos anos”.
A coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, relembrou que a população brasileira quer mais presença do Estado. “Isso ficou claro nas manifestações de 2013, todos queriam mais investimento em educação, saúde e se confirmou nas urnas em 2014, mas o que a direita propõe é menos Estado. O que estamos enfrentando não é pouca coisa e não vai terminar na semana que vem. O mundo do trabalho não será o mesmo, a forma de fazer movimento sindical não será a mesma. O golpe vai se materializar com a destruição dos sindicatos. Beto Richa não quer saber da nossa pauta, nós só conseguiremos avanços pontuais e processos intensos de resistência. Ele não quer mudanças estruturais, assim como em Minas Gerais”.
Após a avaliação da pauta da categoria os(as) representantes do Conselho debateram e aprovaram um calendário de mobilizações a ser realizado até a próxima Assembleia Estadual da APP. Confira:
01 de maio – Dia do Trabalhador e da Trabalhadora
06 e 07 de maio – Curso de Formação da APP-Sindicato – etapa estadual
09 de maio – Encontro de professores(as) e funcionários(as) da Educação Especial
10 de maio – Participação nas mobilizações da Frente Brasil Popular
04 de junho – Seminário/Conselho Ampliado para o debate sobre os ataques aos direitos trabalhistas e conjuntura nacional
2 de julho – Assembleia Estadual da APP-Sindicato
Até o dia 14 de maio – Realização de Conselhos Regionais
– Manter a memória de lutas nos dias 29 de cada mês.
– Intensificar o trabalho de base em 2 frentes: denunciar o descaso do governo Beto Richa e denunciar os ataques aos direitos trabalhistas.
– Intensificar as eleições das comissões sindicais escolares.
– Consolidar, com os demais movimentos, a Frente Popular Brasil Popular, Fórum de Lutas 29 de Abril e Frente Povo sem Medo, em defesa da democracia, do estado democrático de direito e contra a corrupção.
– Reforçar a formação de comitês nas escolas e Núcleos Sindicais em defesa da democracia.
– Organização de aulas públicas com o debate da defesa da democracia nos Núcleos Sindicais.
– Combater as manifestações que incitam o ódio e ao uso da violência contra os pensamentos divergentes, em defesa da liberdade de expressão.
– Incentivo à candidaturas que representam a classe trabalhadora, em especial da educação pública, nas eleições municipais 2016.
– Realização de seminários sobre a Base Nacional Curricular Comum, Educação do Campo e Assédio Moral, data à definir.