O Secretário Executivo da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP-Sindicato, Clau Lopes, esteve presente na Conferência Mundial da ILGA 2024, realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, de 11 a 15 de novembro, representando o Brasil e a CUT (Central Única dos Trabalhadores)/BRASIL.
“Sinto-me muito orgulhoso por ter representado a classe trabalhadora e a maior Central Sindical do Brasil nesse espaço. É fundamental que as lutas do movimento LGBTI+ estejam conectadas às demandas dos trabalhadores e trabalhadoras, pois a justiça social só será plena quando abraçar todas as diferenças e garantir dignidade para todas as pessoas”, ressalta Clau.
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Um dos avanços importantes desta edição foi a inserção da temática sindical, com destaque para uma mesa de debates sobre o movimento sindical e os direitos trabalhistas dos trabalhadores LGBTI+. Essa discussão se mostrou fundamental para fortalecer a luta pelos direitos e a inclusão da nossa comunidade no mundo do trabalho.
Tema
O evento foi organizado pela Iranti e pela Gender DynamiX, com o tema “Kwa Umoja We Rise!”(Juntos nos levantamos). Esse tema foi desenvolvido em colaboração com comunidades locais e incorpora palavras do suaíli, a língua africana mais falada, com mais de 200 milhões de falantes. “Kwa Umoja” traduz-se como “Juntos” ou “Em unidade”, transmitindo um poderoso apelo à solidariedade entre os movimentos (incluindo o nosso), especialmente em tempos de adversidade. Além disso, o assunto presta uma homenagem às tribos Khoe-San/Khoisan, os habitantes originais das terras que acolhem a conferência.
A Conferência Mundial da ILGA é o maior encontro global de agentes de mudança LGBTI+ desde 1970. Trata-se de um evento essencial para debater questões que impactam as comunidades, compartilhar experiências e melhores práticas, construir alianças e parcerias, bem como discutir o futuro do movimento. Durante a conferência, os membros da ILGA elegem seus representantes, deliberam sobre propostas e mudanças constitucionais.
Clau afirma a importância desta conferência: “estar, nesta semana, na África, junto a mais de 1.400 militantes e ativistas comprometidos de todo o planeta é uma confirmação de que seguimos no caminho certo: o caminho da resistência, do enfrentamento e da construção de um mundo mais justo”.