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Entre os dias 15 e 16 de março, a União Brasileira dos(as) Estudantes Secundaristas (UBES) realiza o 22º Conselho Nacional de Entidades Gerais da UBES, conhecido como CONEG. Sediado na cidade de São Paulo, o evento conta com a presença de estudantes de todo país e representações de entidades ligadas à educação.
Com foco na luta por mudanças no Novo Ensino Médio construídas a partir da consulta pública do Ministério da Educação (MEC), o encontro tem como mote o tema “Organizar para Revogar! Estudantes secundaristas em rede para construir uma nova escola”.
“Não existe Brasil desenvolvido sem os estudantes dentro da sala de aula, sem as filhas das empregadas domésticas entrando na universidade. É por isso que eu queria agradecer e falar que vocês são muito vitoriosos de estarem aqui. É uma tarefa muito importante e espero que nestes últimos dias a gente consiga a revogação do Novo Ensino Médio”, reforça a presidenta da Ubes, Jade Beatriz em sua fala de abertura.
Representando os(as) educadores(as), a vice-presidenta da CNTE e secretária de Assuntos Jurídicos da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, enfatizou a necessidade de mobilização de professores(as), funcionários(as) de escola, estudantes e da comunidade escolar contra os avanços de uma ideologia neoliberal, que trata a educação como mercadoria e coloca a aprendizagem em segundo plano.
“Por que atacar a educação no nosso país? Sim, este projeto (do Novo Ensino Médio), foi o primeiro projeto do pós golpe de 2016. Na sequência, tivemos a lei da mordaça. Nós lutamos e continuamos na luta contra a lei da mordaça, depois o ensino antidemocrático. Essa é uma disputa crucial para o futuro dos nossos jovens”, finaliza a dirigente.
No evento foi discutido também sobre as ações em defesa do Ensino Médio, que serão realizadas em todo país na próxima terça-feira (19). A mobilização é fundamental para garantir que a proposta construída por educadores(as) e estudantes ao longo de 2023 seja aprovada, e não o relatório apresentado pelo deputado federal Mendonça Filho, que desconfigurou o projeto inicial.
Além das mobilizações de rua, a APP reforça que é necessário pressionar os(as) deputados(as) pelas redes sociais. Por isso, cobre os(as) deputados federais de sua região e faça sua parte na luta por um Ensino Médio democrático e emancipador.
Confira as reivindicações da Educação para o Ensino Médio:
I – Elevação da carga horária da formação geral básica para 2.400 horas, agregando todos os conteúdos disciplinares previstos na legislação.
II – Oferta obrigatória da língua espanhola no ensino médio, podendo integrar o currículo do ensino fundamental a partir do sexto ano, a depender das condições estruturais dos sistemas e redes de ensino.
III – Maior articulação entre a formação geral básica e a parte diversificada do currículo, prevendo a oferta interdisciplinar e presencial de ao menos dois percursos por unidade escolar, conforme proposto no PL n.º 5.230/23.
IV – Prioridade da oferta integrada de educação técnica profissional ao ensino médio.
V – Exclusão do notório saber do art. 61 da LDB, como forma de qualificar e valorizar a docência.
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