Conape: APP-Sindicato participa do encontro da resistência pelo resgate da educação

Conape: APP-Sindicato participa do encontro da resistência pelo resgate da educação

Sindicato envia 89 representantes para a Conferência Nacional Popular da Educação, em Belo Horizonte (MG)

Foto: APP-Sindicato

De ontem (24) até sábado (26), professores(as), funcionários(as) de escola, pesquisadores(as), pais, mães e estudantes de todo Brasil e delegações internacionais estão reunidos na capital Mineira para a realização da Conferência Nacional Popular da Educação. Durante os três dias de debates, as lideranças avaliam os impactos do golpe nas escolas públicas nacionais.

A iniciativa é uma retomada dos valores democratáticos – tão banalizados no governo Temer (PMDB). Após a publicação, feita pelo governo nacional, com a desconstrução do calendário da Conferência Nacional de Educação de 2018 (Conae) e desfiguração do Fórum Nacional de Educação (FNE), as entidades preocupadas com a defesa e promoção do direito à educação pública,  decidiram se retirar coletivamente do FNE e assim organizaram o Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) e a proposta de um evento de âmbito nacional com caráter democrático e popular: a Conape.

O secretário de Comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, é um dos(as) paranaenses na Conape e faz um resgate histórico da construção democrática da Conferência. “A Conape desempenha um papel importante de resistência. Nós, educadores, não poderíamos ficar de fora. As etapas regionais e estaduais já debateram a educação pública que queremos para o país. É um espaço da resistência frente a iniciativa golpista de privatizar a educação pública”, salienta Luiz. Em março, a etapa estadual do Paraná, organizada pela APP, reuniu mais de 600 educadores(as) que debateram os oito eixos temáticos de propostas para a educação.

Temas como a redução do currículo do Ensino Médio, proposta por Temer; as ameaças de terceirização nos estados com governos neoliberais e os investimentos públicos para a educação serão abordados pelos(as) participantes.”Nós vivemos um período muito duro de ataques aos direitos da população, mas não desistimos de ter uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todos e todas”, endossa a vice-presidente da CNTE, professora Marlei Fernandes de Carvalho.

Do evento, sairão as diretrizes para os próximos passos da jornada em defesa da educação, pois a Conferência tem um caráter mobilizador e de envolvimento de toda comunidade escolar. “O MEC tem uma política hoje que é completamente contrária ao que os trabalhadores e trabalhadoras da educação sempre defenderam. Temos agora a proposta de análise de um texto base, muito denso, muito abrangente e agora é o momento de analisá-lo e fazer as emendas. Para além de ser um debate é um movimento em defesa da educação pública que corre grande risco de privatização”, reforça Marlei.

 

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