Comunidade escolar elege novos(as) diretores(as)

Comunidade escolar elege novos(as) diretores(as)


2015 foi um ano marcado por muita luta da categoria na regularização das eleições para diretores(as) das escolas públicas do Estado. O sindicato lutou para que a proposta do governo de alterar na lei 14.231  não afetasse o processo democrático de escolha e gestão dos(as) novos(as) diretores(as). Já o Estado, por sua vez,  insistiu na proposta de diminuir peso do voto dos(as) educadores(as) e tentou estabelecer que os(as) diretores(as) fossem submetidos(as) à avaliações de desempenho, podendo aplicar penalidades – como a redução do mandato –  caso não estivessem de acordo com as políticas educacionais da Seed.

Graças às emendas apresentadas pela bancada de oposição ao governo na Alep, além da intensa mobilização da APP e da categoria contra a proposta, o projeto foi aprovado com algumas normas que garantem uma gestão democrática nas escolas. Veja aqui como ficou a nova lei.

Nesta quinta-feira (03), a comunidade foi às urnas decidir quem seriam os(as) novos(as) diretores(as) das escolas. Hoje (04), a maioria das mais de duas mil escolas públicas estaduais já conhecem os(as) seus(as)  representantes. Na maior escola do Estado, o Colégio Estadual do Paraná, a chapa eleita comenta como foi a construção deste processo de eleição a partir da aprovação do novo projeto. “A princípio houve uma apreensão muito grande, justamente por conta do entendimento de que o trabalho pedagógico é visto de perto por professores e funcionários. O voto universal provocou um novo parâmetro. Exigiu um trabalho de politização com alunos. Afinal, em escolas grandes como o Estadual, seriam eles quem decidiriam a eleição”, comenta a diretora eleita, professora Tania Maria Acco. ”Focamos em trabalhar desde o princípio com informação. Buscamos mostrar aos alunos que era preciso conhecer todas as chapas, comparar as propostas e ficar longe de possíveis tumultos. Foi realmente um trabalho educativo, com base na conversa e no coletivo”, explica a professora.

A secretária de Finanças da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, avalia que o sindicato e a militância fortalecem os(as) educadores(as) nesse processo de engajamento com o coletivo. “A maioria dos eleitos era quem estava e está na luta conosco. Tivemos sim um processo democrático. Entendemos que as eleições transcorreram de forma tranquila, com disputas saudáveis, com muita participação de alunos, de pais, mães, professores e de toda comunidade escolar”, comenta.  O sindicato continuará acompanhando o processo de eleição de representes. Nos colégios onde o a votação não atingiu o número mínimo estabelecido pela Lei, daqui há 15 dias haverá o segundo turno.
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