Comunidade escolar do Edimar Wright se mobiliza na Assembleia Legislativa contra a destituição da direção

Comunidade escolar do Edimar Wright se mobiliza na Assembleia Legislativa contra a destituição da direção

Reivindicação de suspender as destituições no Colégio Estadual Professora Edimar Wright foi debatida com os deputados Professor Lemos e Hussein Bakri

Estudantes e educadores(as) do Colégio Estadual Professora Edimar Wright, em Almirante Tamandaré, estiveram na manhã desta quarta-feira (24) na Assembleia Legislativa do Paraná para contestar a destituição arbitrária da direção da escola.

A reivindicação de suspender as destituições foi debatida com os deputados Professor Lemos (PT) e Hussein Bakri (PSD), que preside a Comissão de Educação da Assembleia. 

Estudantes protestaram e se manifestaram nas ruas de Almirante Tamandaré na terça-feira (23), contra a destituição dos diretores(as), feita pela Secretaria de Estado da Educação sem qualquer diálogo com a comunidade escolar.

A diretora Cleuza Milani Del Forno e o vice-diretor Andreo Bolwerk foram eleitos em 2021, com mais de 95% dos votos da comunidade escolar do Professora Edimar. Eles atribuem as destituições ao descumprimento de metas impostas unilateralmente pela Seed.

Na reunião desta quarta-feira (24), os representantes da comunidade escolar reivindicaram a revisão das destituições, que foram baseadas em informações desatualizadas de 2022. Bakri se comprometeu a conversar com a Seed para reavaliar as decisões, a partir de informações atualizadas sobre a escola.

Bakri quer entender quais são as exigências feitas pela Seed às escolas para definir a destituição de diretores(as), quais metas são cobradas e quais são as condições materiais para os(as) diretores(as) cumprirem as exigências impostas.

O secretário de Finanças da APP, Élio Silva, participou das conversas com os deputados na Assembleia Legislativa. “A APP-Sindicato está acompanhando mais um caso de destituição de direção de escola. Ontem a comunidade escolar se manifestou em Almirante Tamandaré. A APP é contra esse processo e quer debater a mudança na resolução que regulamenta esse processo. Então buscamos esse diálogo”, explicou.

O dirigente afirma que a Seed tem cobrado das direções de escola metas que são impossíveis de atingir, principalmente em relação a índices de frequência dos estudantes e acessos a plataformas digitais. “Direções que trabalham muito para melhorar o ensino e aprendizagem infelizmente estão sendo destituídas de forma injusta, ilegal e imoral”, afirma.

Desrespeito

Segundo o pedagogo Jorge Paulo dos Santos, a equipe do colégio Professora Edimar Wright se sente desrespeitada diante das políticas da Seed. “São estabelecidas metas que são inalcançáveis. Não analisam a situação da comunidade, todos os problemas sociais que existem e as diferenças entre instituições”, afirma.

A avaliação das escolas não considera a realidade escolar, aponta Santos. A necessidade de trabalhar, a gravidez na adolescência e a prestação do serviço militar, por exemplo, impactam negativamente os índices de frequência dos(as) estudantes e a direção da escola é punida pela Seed.

Os(as) educadores(as) que participaram da reunião na Assembleia Legislativa afirmam que não é possível atingir metas sobre o nível de frequência e acessos a plataformas digitais, mesmo com o trabalho pedagógico e educacional feito corretamente. Uma das discussões feitas pelos alunos(as) e professores(as) é se essas plataformas contribuem realmente para o ensino e a aprendizagem.

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