Coletivos de PSS e professores(as) de Educação Física são retomados pela APP

Coletivos de PSS e professores(as) de Educação Física são retomados pela APP


Neste sábado (14), professores(as) e funcionários PSS e professores(as) de Educação Física estiveram reunidos(as) na sede estadual da APP para debater a pauta geral da categoria e também a pauta específica de cada seguimento e, assim, definir alguns encaminhamentos para o avanço das reivindicações junto ao governo estadual. Após uma análise de conjuntura, cada coletivo se reuniu separadamente para debater as suas pautas específicas mais emergenciais.

Coletivo de professores(as) de Educação Física

Os(as) professores(as) de Educação Física vêm sofrendo com um conjunto de medidas de desvalorização, principalmente no campo da Matriz Curricular, com a reformulação e consequentemente a redução do número de aulas, prejudicando os(as) estudantes e os(as) professores(as)  também, como conta a professora do NS de Campo Mourão, Irma Pereira de Lima.

“Eu sempre pego os alunos dos 6º anos e eles chegam para mim com uma esportivização muito precoce, só sabem e só querem jogar o futsal e com um empobrecimento corporal muito grande, no que tange a sua percepção corporal, a sua lateralidade, a sua prontidão, sem noção alguma do potencial da linguagem corporal. Então, até fazermos esse convencimento de toda essa gama cultural que a Educação Física oferece é difícil, porque eles não querem e não se abrem para isso. É um universo totalmente diferente, a gente tem que mostrar jogos e brincadeiras, o esporte, a dança, a ginástica, as lutas, é muita coisa e com apenas duas aulas semanais é frustrante, eu não consigo fazer o trabalho que eu gostaria e que eu sinto necessidade de fazer. Você finge que ensina e eles fingem que aprende”, explica.

Segundo o presidente da APP-Sindicato,  professor Hermes Leão, durante a reunião do coletivo, foi realizado um debate sobre a importância da Educação Física escolar e assim haverá uma campanha de valorização, aproveitando o tema das Olimpíadas no Brasil, para mostrar a importância do esporte e do conjunto de atividades em que a Educação Física pode contribuir na aprendizagem do(a) aluno(a). “Além disso foi feito um debate sobre as condições precárias dos Jogos Escolares do Paraná e após o debate foi formada uma coordenação do coletivo estadual de professores e professoras de Educação Física. Já está prevista uma segunda etapa de encontro com formação no segundo semestre deste ano, para acompanhar os desdobramentos do relatório que será produzido por essa coordenação com as pautas emergenciais, tiradas desse primeiro encontro, que serão cobradas do governo do Paraná”, conta Hermes.

Coletivo de professores(as) e funcionários(as) de escola PSS

Na reunião do coletivo foram tratados os pontos centrais da pauta, dos problemas relacionados ao contrato PSS e também da relação interna com o sindicato, da representação, dos espaços que os PSS têm e sua relação com os Núcleos Sindicais da APP. Os contratos precários de PSS acabam por ser aqueles que remontam o maior resultado da precariedade da condição do trabalho dentro da educação, como vivencia o professor do NS de Campo Mourão Aníbal Aparecido Táparo.

“Uma das maiores dificuldades hoje é no processo de organização e da distribuição de aulas. A responsabilidade e a efetividade do trabalho é a mesma no sentido das responsabilidades de um professor de carreira, mas por exemplo, a precariedade do contrato não nos dá segurança, um professor PSS está sempre na eminência de ter esse contrato rescindindo por conta de outra pessoa poder assumir essas aulas, essa instabilidade”, explica.

Assim como no coletivo de professores(as) de Educação Física os PSS também organizaram um grupo de trabalho composto por 5 professores(as) e funcionários(as) de várias regiões do estado. Segundo a secretaria educacional da APP, professora Walkíria Olegário Mazeto, esse grupo irá trabalhar até agosto no estudo da Lei 108, que rege os contratos PSS, também no edital de seleção PSS e no edital de distribuição de aula. “Esses três documentos, como eles tem prazo para sair, nós queremos fazer esse debate, antes que a Seed publique o edital oficial. Além disso, todos os que estiveram hoje aqui saíram com a tarefa de leitura destes documentos e fazer as reuniões dos coletivos regionais de PSS, para  também trazer o acúmulo do debate regional para esse grupo de trabalho e para a próxima reunião do coletivo estadual”, explica Walkíria.

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