Clube de Leituras Feministas da CUT Paraná realiza terceiro encontro do ano neste sábado (5) APP-Sindicato

Clube de Leituras Feministas da CUT Paraná realiza terceiro encontro do ano neste sábado (5)

A temática dos estudos é a mulher indígena, a fim de construir um espaço de diálogo e combater a exclusão política, social e econômica do segmento

Neste sábado (5), às 9h, acontecerá mais uma edição do Clube de Leituras Feministas da CUT Paraná, com o tema “Diálogos com Mulheres Indígenas, recontar a nossa história pelo olhar decolonial”, com a leitura e debate do texto de Elisa Urbano Ramos, do livro Vivências Diversas. As inscrições para a roda de estudos, que acontecerá no Território Indígena Floresta, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, estarão abertas até esta quarta-feira (02), por meio deste link

Além da troca de conhecimentos, a CUT Paraná também promoverá um almoço coletivo com os povos do território. Para participar, a contribuição mínima será no valor de R$20,00 e cada inscrita poderá levar até um acompanhante. O pagamento deve ser feito pelo Pix 975076280-00, até quarta-feira (02).

Taís Adams, Secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP-Sindicato e uma das organizadora do Clube, reforça o convite a toda comunidade. “O encontro será em uma região de grande importância histórica para os(as) indígena(as), tornando-o uma oportunidade de importante integração cultural, refletindo sobre as relações das mulheres com território e ancestralidade, incluindo novas vozes no feminismo”.

Em 2021, o local onde o encontro acontecerá obteve autorização do Estado para ser retomado por cinco povos – Kaingang, Guarani M’bya, Guarani Nhandewa, Tukano e Krahô. Os povos Kaingang e Guarani foram expulsos do território por Dom João VI no século XIX, e desde 2009 as lideranças lutavam para o retorno à região. 

A sequência de seminários sobre a temática da mulher indígena teve seu início em março, no último dia de cada mês, e realizará mais um seminário de fechamento e certificação em setembro de 2023. “No clube, além de estudar o feminismo, que é a luta por igualdade de direitos, a ideia é ler com uma visão decolonial, ou seja, recontar a história com perspectiva diferente, dando visibilidade a produções literárias além dos países historicamente dominantes, valorizando outras regiões, como por exemplo o Brasil”, acrescenta Taís.

Sobre o livro

O livro Vivências diversas: uma coletânea de mulheres indígenas, traz memórias, relatos, vivências e artigos autobiográficos de indígenas mulheres de todo o país, compondo um mosaico de oito povos indígenas. Os textos trazem histórias sobre as trajetórias de vida das autoras, os obstáculos sociais e as relações estabelecidas com os seus territórios, seus povos e a universidade como um território que também pertence aos acadêmicos indígenas.

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