Chiquinha Gonzaga (1847 a 1935) | APP-Sindicato

Chiquinha Gonzaga (1847 a 1935)


Edviges Neves Gonzaga ou simplesmente Chiquinha Gonzaga, filha de militar e neta de escrava, nasceu no Rio de Janeiro, em 1847, e já em 1858 apresenta sua primeira composição, “Canção dos Pastores”.  Aos 16 anos, foi obrigada a se casar com Jacinto Ribeiro do Amaral e o dote do seu pai  foi um piano. No ano seguinte (1864), nasce seu primeiro filho, João Gualberto.

Em 1866, Chiquinha viaja com o marido e o filho para o acampamento do Passo da Pátria, na foz do Rio Paraguai durante a guerra, passando por diversas privações e dificuldades. O casamento, que já não ia bem, termina em 1870 e, logo depois, vai viver com o engenheiro João Batista de Carvalho, em MG, ficando juntos até 1876.

 

Sua primeira polca: “Atraente” é publicada em 1877 e até 1885 Chiquinha foi muito hostilizada pela sociedade, mas, em contrapartida, conquistou respeito como maestrina.  

 

Sua peça “A Corte na Roça” estreia em 1885, depois de passar pelo Conservatório Dramático (censura da época). Sua primeira marcha carnavalesca,  “Ó Abre Alas” (1899),  a torna definitivamente popular e reconhecida.  Foi nesse período que Chiquinha conheceu João Batista Fernandes Lage, de 16 anos, com quem teve um relacionamento amoroso até o final de sua vida.

 

Em 1914, o maxixe  “Corta Jaca” é lançado e escandaliza a imprensa e a burguesia. Como forma de proteger os artistas, em 1917, ela funda a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT).

 

Após alguns anos de reclusão, Chiquinha escreve sua última partitura para os palcos, a opereta “Maria” (1933). Após dois anos, Chiquinha falece, vítima de pneumonia, em 28 de fevereiro de 1935.

Músicas e características

Autodidata, Chiquinha aprende a tocar piano. A partir disso, começa a compor  músicas que combinavam o popular e o erudito. Os estilos musicais que imperavam eram as valsas, polcas e tangos; estilos musicais estes que foram misturados por ela às diversidades culturais encontradas na música das classes mais populares. É daí que nasce a nossa primeira e mais famosa marchinha de carnaval: “Ó Abre Alas”.

 

O conjunto de sua obra é extenso, incluindo peças de piano, piano solo e canto nos mais variados ritmos: polcas, habaneras, fados, baladas, modinhas, mazurcas, serenatas, choros e peças sacras.

Lua Branca (1912)

Oh! Lua branca de fulgores e de encanto
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo
Vem tirar dos olhos meus o pranto
Ai, vem matar esta paixão que anda comigo
Ai, por quem és, desce do céu… Oh! Lua branca,
Essa amargura do meu peito… Oh! Vem, arranca
Dá–me o luar da tua compaixão
Oh! Vem, por Deus, iluminar meu coração […]

Discografia essencial

Dicas para sala de aula

Área de Linguagens

(Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Artes e Educação Física)

1881 – Memórias Póstumas de Brás Cubas

Em 1881, ocorre a publicação de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, obra de Machado de Assis que deu início ao Realismo no Brasil. O autor usou uma narrativa inovadora, com um defunto-autor, e contou a infância do protagonista, seus diversos amores, suas tentativas de trabalho e de invenções, de forma irônica e desprovida de sentimentalismos. 

Saiba mais:
Memórias Póstumas de Brás Cubas

1899 – Ó abre Alas

“Ó abre Alas” foi criada em 1899 para  o cordão carnavalesco Rosas de Ouro e é, até hoje, uma das marchinhas carnavalescas mais tocadas nos blocos e bailes de Carnaval. As marchinhas são as “avós” dos famosos sambas-enredo e trazem um ritmo mais acelerado, melodias simples, letras picantes com duplo sentido.    

Saiba mais:
Cordões carnavalescos 
Ô abre alas! – Chiquinha Gonzaga – 1899

Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

(Filosofia, Geografia, História e Sociologia)

1864 a 1870 – Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai, travada entre este país e a Tríplice Aliança        (Brasil, Argentina e Uruguai),  foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina. Estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870, e o Paraguai foi o país mais prejudicado pela guerra que ocorreu, na maior parte, em seu território. Foram prejuízos materiais, territoriais e mais de 150 mil mortos, o que representou 95% de perda da população masculina daquele país. 

Saiba mais:

150 anos depois, guerra ainda é ferida aberta no Paraguai

Vergonha histórica: Brasil massacrou mulheres e crianças paraguaias

A Guerra do Paraguai: um resumo — Portal Institucional do Senado Federal

1914 a 1918 – I Guerra Mundial

A Guerra do Paraguai, travada entre este país e a Tríplice Aliança        (Brasil, Argentina e Uruguai),  foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América Latina. Estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870, e o Paraguai foi o país mais prejudicado pela guerra que ocorreu, na maior parte, em seu território. Foram prejuízos materiais, territoriais e mais de 150 mil mortos, o que representou 95% de perda da população masculina daquele país. 

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A Guerra do Paraguai: um resumo — Portal Institucional do Senado Federal

1930 – Revolução de 1930; 1934 – Promulgada a 3ª Constituição brasileira

A quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, abalou a política do café com leite entre MG e SP, terminando com a República das Oligarquias e fazendo com que novas alianças entre os estados surgissem e culminaram com a Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas ao poder. 

Saiba mais:

Conheça o que foi a Revolução de 1930. Um dos eventos políticos mais importantes da história do Brasil

A Revolução de 1930

Interpretações sobre a Revolução de 1930: História e historiografia | Antíteses

A Revolução de 1930 e o Governo Vargas

Constituição 34

Constituição de 1934

Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias

(Biologia, Física e Química)

1859 – A Origem das Espécies

Em 1859, é lançada a obra A Origem das Espécies, de Charles Darwin, que revoluciona a forma de se ver e entender o mundo. Nela, Darwin propõe que todos os organismos vivos têm um ancestral em comum e que a evolução de novas espécies é a seleção natural.

Saiba mais:

Darwin, evolução e seleção natural (artigo) | Khan Academy

1859 – Charles Darwin publica ‘A Origem das Espécies’ | História, Ciências, Saúde – Manguinhos 

1904 – Revolta da Vacina

Em 1904, ocorre a Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro, devido à obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, que assolava a cidade na época, pois uma parte considerável da população não entendia a importância das vacinas e ocorriam boatos (fake news da época) de que quem tomasse a vacina ficaria com feições bovinas.

Saiba mais:

Cinco dias de fúria: Revolta da Vacina envolveu muito mais do que insatisfação com a vacinação

A Revolta da Vacina

Há mais de 100 anos, Revolta da Vacina foi marcada por mortes, estado de sítio e fake news – Instituto Butantan

1935 – Pneumonia / Falecimento de Chiquinha Gonzaga

Em 28 de fevereiro de 1935, faleceu Chiquinha Gonzaga, vítima de  pneumonia, por não haver ainda antibióticos contra a doença disponíveis no mercado farmacêutico brasileiro. A penicilina, mesmo sendo descoberta em 1928, só começou a ser comercializada e utilizada no Brasil a partir de 1940. 

Saiba mais:

Pneumonia / Drauzio Varella

Pneumonia: especialista esclarece sintomas e formas de prevenção

Professor que ‘lançou’ penicilina no Brasil faz 100 anos e publica livro – CRF-RJ

Área de Matemática e suas Tecnologias

1905 – Teoria da Relatividade

O cientista alemão Albert Einstein cria a Teoria da Relatividade, onde conclui que o tempo não é absoluto.

Saiba mais:

 

Teoria da Relatividade

Fotos de Chiquinha Gonzaga

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