A resistência da nossa categoria fica clara não só quando acampamos 29 dias em frente ao Palácio Iguaçu, ocupamos a Assembleia Legislativa do Paraná, levamos tiros de bala de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogênio, criminalização dos nossos salários e ataques sistemáticos à educação pública paranaense. Nossa resistência também é no dia a dia das nossas escolas, na crença de que a educação é a base de toda sociedade e que ela transforma a realidade.
No dia 13 de junho o Núcleo Sindical da APP de Cascavel, junto com educadores(as) da região, inauguraram a primeira Escola 29 de Abril. O espaço está recebendo, a cada 15 dias, estudantes das escolas estaduais da região e a comunidade em geral para debater temas essenciais para a compreensão da sociedade como uma organização em que todos e todas fazem parte. Palestras e debates preenchem a programação das aulas e contribuem para a formação política e social da comunidade escolar.
As aulas são ministradas por educadores(as) que atuam na rede estadual de educação e professores(as) convidados(as). A antiga sede da APP-Sindicato, no bairro Parque Verde, abriga agora a primeira escola que leva no nome o dia do massacre sofrido pela categoria.
De acordo com o secretário Geral da APP-Sindicato Cascavel, Amâncio Saldanha, é essencial que não seja esquecida a truculência do governo e, por isso, a escola foi batizada com esse nome. “Queremos marcar o dia 29 de abril. É importante que esses alunos tenham um reforço para garantir o desenvolvimento intelectual e também serem futuros disseminadores da importância da organização dos trabalhadores e da participação de todos”, explica.