Nesta sexta-feira (6), Dia Internacional da Ação pela Igualdade da Mulher, a APP-Sindicato destaca os desafios contínuos para alcançar a igualdade de gênero, especialmente no ambiente educacional. De acordo com o Índice Global de Disparidade de Gênero 2024, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, o mundo avançou apenas 0,1 ponto percentual em relação ao ano passado. Nesse ritmo, levará 134 anos para que a paridade de gênero seja plenamente atingida.
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No Brasil, a situação é ainda mais preocupante. O país caiu para a 70ª posição no índice, fechando 71,6% da lacuna de gênero, o que representa uma queda de 13 posições em relação ao ano anterior. Esses números refletem a urgência de intensificar o combate à desigualdade de gênero em todas as esferas.
As mulheres brasileiras são mais escolarizadas que os homens, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre a população com 25 anos ou mais, elas somam 21,3% das pessoas que têm o nível superior completo, contra 16,8% dos homens. Entretanto, recebem 19,4% a menos que os homens, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). E essa diferença salarial é ainda maior em cargos mais altos.
“Isso está intimamente relacionado com o machismo estrutural, pois essa disparidade salarial não é apenas uma questão econômica, mas também um reflexo da divisão sexual do trabalho, onde as profissões ligadas ao cuidado, consideradas femininas, como a educação, são as menos valorizadas”, destaca Taís Adams, secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP-Sindicato.
Para Taís, o combate à desigualdade de gênero deve começar nas escolas, que são espaços fundamentais de formação, diálogo e conscientização. “É onde podemos fomentar o debate sobre igualdade de gênero e formar cidadãos e cidadãs mais conscientes, comprometidos e comprometidas em questionar e combater o machismo, a misoginia e todas as formas de desigualdade”, afirma.
O Dia Internacional da Ação pela Igualdade da Mulher serve como um chamado à conscientização sobre as desigualdades que ainda marcam as relações entre homens e mulheres, seja no ambiente familiar, no trabalho ou em diversos setores da sociedade. Essa data reforça a necessidade de ações concretas que promovam a igualdade de oportunidades, permitindo que mulheres em todo o mundo possam demonstrar plenamente seus talentos e habilidades.
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